terça-feira, 17 de dezembro de 2013

E ficarão de fora...

E ficarão de fora...

“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladröes, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” I Coríntios 6:10

“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” APOCALIPSE 22:15

"Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte." APOCALIPSE 21:8

Devasso: Dissoluto, libertino, licencioso.
Dissoluto: Devasso, corrupto.
Libertino: Livre de qualquer peia moral
Licencioso: Que usa de excessiva licença; indisciplinado, desregrado. Sensual, libidinoso; libertino.

Idólatras: Que adora ídolos. Idolátrico. Respeitante à, ou próprio da idolatria.
Idolatria: Amor ou paixão exagerada, excessiva Culto prestado a ídolos

Adúlteros: Que violou ou viola a fidelidade conjugal.

Efeminados: Diz-se do homem que adota a aparência feminina, ou que tem gestos, modos que lembram os das mulheres; adamado. Excessivamente delicado; mole, brando, pusilânime. Diz-se do homem que é homossexual.

Sodomitas: Quem pratica a sodomia. Conjunção sexual anal, entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos.

Ladrão: Que furta.
Furtar: Apoderar-se de (coisa alheia móvel); subtrair fraudulentamente (coisa alheia); roubar. Fazer passar como seu (trabalho, obra, pensamento, etc., de outrem). Falsificar, contrafazer

Avarentos: V. avaro
Avaro: Que tem avareza, que é sórdido e excessivamente apegado ao dinheiro.
Avareza: Falta de generosidade; mesquinhez.

Bêbados: Que se embriagou ou alcoolizou.

Maldizentes : Que ou quem fala mal dos outros, tem má língua; maledicente, malédico, malfalante.

Cães: 4 verbetes
cão1
[Do lat. cane.] Substantivo masculino. Mamífero carnívoro, tipo dos canídeos (v. cânis).
cão2
[Do persa , ‘estalagem’.] Substantivo masculino. Mercado público, no Oriente Médio.
cão3
[Do lat. canu, ‘velho de cabelos brancos’.] Adjetivo. Que tem cãs; encanecido.

Feiticeiro: Que faz feitiços.
Feitiços: Artificial, factício

Prostituir: Iniciar na vida de prostituto; entregar à devassidão; desmoralizar, corromper. Desonrar-se, aviltar-se, praticando ações vergonhosas ou indecorosas; rebaixar-se. Deixar-se corromper por suborno de favores.

Homicidas: Que ocasiona a morte de alguém. Que leva à prática do homicídio, ou a pensar em praticá-lo.
Homicídio: Morte de uma pessoa praticada por outrem; assassínio.

Mentira: Hábito de mentir. Idéia, opinião, doutrina ou juízo falso.
Mentir: Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade; dizer mentira(s). Dar uma indicação contrária à realidade; induzir em erro; ser causa de, ou dar margem a engano; iludir. Cessar de ser bom, legítimo, verdadeiro; degenerar

Tímido: Que tem temor; receoso. Acanhado, retraído.

Incrédulo: Falto de crença; ímpio; descrente. Ateu, ímpio, incréu.

Abomináveis: Verbo pronominal: Ter horror a si mesmo; detestar-se, odiar-se.

Fornicadores: Que ou aquele que fornica ou é dado a fornicar.
Fornicar: Praticar o coito; copular. Pecado da carne.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A Verdade Sobre a Criaçao

Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados: no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus” (Gn 2.4; Almeida Revista e Corrigida).
Esse versículo-chave de Gênesis não apenas resume o capítulo inicial do livro, como também introduz o segundo capítulo. Observe que os céus e a terra foram “criados” quando Deus os “fez”.
Pelo versículo anterior, fica claro que esses dois verbos (i.e. criar e fazer) não são meros sinônimos, pois nele está escrito: “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera” (Gn 2.3; ARC). Ainda que a diferença entre criar e fazer seja quase imperceptível, no caso dos atos de Deus tal diferença é bastante relevante.
No texto original, o verbo “criar” provém do termo hebraico bara’ e o verbo “fazer” deriva do termo hebraico “asah”. A distinção fundamental reside no fato de que somente Deus pode “criar”, ao passo que, tanto o ser humano quanto Deus são capazes de “fazer” sistemas funcionais a partir de entidades básicas previamente “criadas”. Desse modo, sempre que a Bíblia fez uso do termo “criar”, o sujeito declarado ou implícito é Deus. Por outro lado, os termos “fazer” e “fez” geralmente têm o ser humano (como também Deus) na qualidade de sujeito da ação, a exemplo de Adão e Eva quando “...percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Gn 3.7) numa tentativa de se esconder de Deus depois que pecaram. Mais tarde, “fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gn 3.21).

Os Três Atos de Deus

É relevante o fato de que somente três atos divinos de criação são mencionados no magnífico capítulo introdutório da Bíblia que trata da criação. Os atos divinos de criação são os seguintes:
1. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Essa maravilhosa declaração resume o ato de Deus de trazer à existência a estrutura física do cosmo: o universo tridimensional composto de tempo, espaço e matéria.
2. “Criou, pois, Deus [...] todos os seres viventes...” (Gn 1.21). Esse versículo sintetiza o ato de Deus de trazer à existência o componente biológico do universo: a vida animal consciente.
3. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). Aqui está o registro da criação do componente espiritual do universo, criadoex nihilo (i.e., “a partir do nada”): a “imagem de Deus” localizada única e exclusivamente no ser humano.

Os códigos genéticos de uma espécie permitiam bastante variação (afinal, não existem dois indivíduos perfeitamente idênticos), permitiam até mesmo uma “diversidade” estável, porém nada mais do que isso.
Assim, Deus criou somente as realidades fundamentais do universo – a realidade física, a realidade biológica e a realidade espiritual. Porém, a partir dessas entidades fundamentais, Deus continuou a fazermuitos sistemas complexos. Por exemplo:“Fez, pois, Deus o firmamento [...] Fez Deus os dois grandes luzeiros [i.e., o sol e a lua] [...] e fez também as estrelas [...] E fez Deus os animais selváticos, [...] os animais domésticos, [...] e todos os répteis da terra...” (Gn 1.7,16,25).
Entretanto, no que tange ao universo espiritual, o único sistema complexo feito por Deus foi o ser humano, como está escrito: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança [...] Criou Deus, pois, o homem à sua imagem...” (Gn 1.26-27). Nesse caso, o homem tanto foi criado quanto feito à imagem de Deus; foi criado como um ser espiritual, capaz de manter comunhão com Seu Criador. O ser humano também foi feito (a partir “do pó da terra” previamente criado; cf. Gn 2.7) à imagem física que o próprio Deus um dia assumiria quando “se fez carne” e tornou-se homem.
Portanto, os elementos de natureza estritamente material que existem no mundo (o que inclui até mesmo os vegetais que, sendo organismos complexos, produzem substâncias químicas, todavia não possuem vida consciente) fazem parte da obra física criada e feita por Deus. Por outro lado, os animais são organismos físicos e biológicos criados e feitos por Deus. Contudo, somente o homem e a mulher são seres físicos, biológicos e espirituais, criados e feitos à imagem de Deus.

A Descrição da Evolução

Tudo o que foi apresentado até aqui parece razoável e bíblico. Mas o que dizem os cientistas a esse respeito? É lamentável que, hoje em dia, a maioria das autoridades científicas e educacionais esteja quase totalmente comprometida com o evolucionismo integral. Eles alegam que, através de um salto quântico espetacular, o universo físico evoluiu do absoluto nada para uma partícula infinitesimal de espaço-tempo. Essa partícula primitiva dilatou-se rapidamente para, então, explodir no, assim chamado, Big Bang [i.e., explosão cósmica]. A partir disso, dizem eles, o universo veio se expandindo velozmente para formar, de alguma maneira, as estrelas, as galáxias e, por conseguinte, os planetas.
Em nosso planeta Terra (e, talvez, em outros planetas), as substâncias químicas inanimadas, que estavam dispersas nos oceanos primitivos, de algum modo passaram a ter vida, na condição de células reprodutivas rudimentares. Estas se desenvolveram em seres invertebrados marinhos multicelulares que evoluíram até se tornarem peixes. Alguns peixes deram origem aos anfíbios, os quais, posteriormente, se tornaram répteis. Destes últimos, pelo menos um evoluiu, dando origem às aves, enquanto outros répteis evoluíam para dar origem aos mamíferos. Por fim, um ramo de mamíferos desenvolveu-se em primatas e alguma criatura dessa ordem simiesca evoluiu para dar origem ao ser humano.
Acredite ou não, essa descrição da evolução é basicamente ensinada como fato ou verdade absoluta em quase todas as escolas do Mundo Ocidental, desde as primeiras séries do ensino fundamental até o ensino superior e de pós-graduação. Essa perspectiva também predomina na mídia jornalística, bem como exerce seu domínio nos sistemas jurídico e político.
Contudo, o fato mais surpreendente é que as verdadeiras evidências científicas não comprovam de modo nenhum tal descrição hipotética. Em conseqüência disso, nos últimos anos milhares de cientistas altamente referendados têm repudiado toda essa descrição evolucionista e passaram a crer numa criação especial.
Esse maravilhoso capítulo inicial de Gênesis também revela dois outros fatos de vital importância.
O primeiro fato é que no texto constata-se, por dez vezes, que tanto animais quanto vegetais receberam a capacidade de se reproduzir exclusivamente “segundo [ou conformea sua espécie”, nunca segundo uma espécie diferente. A despeito de tudo o que uma “espécie” criada por Deus possa significar ou corresponder, ela nunca poderia evoluir para uma nova espécie. Os respectivos códigos genéticos permitiam bastante variação (afinal, não existem dois indivíduos perfeitamente idênticos), permitiam até mesmo uma “diversidade” estável, porém nada mais do que isso.

No registro fóssil do passado (que conta com bilhões de fósseis conhecidos) há muitos exemplos de espécies extintas (por exemplo, os dinossauros), todavia não existe nenhuma seqüência de transição de uma espécie menos complexa para outra espécie mais complexa.
O segundo fato verificável no texto é que tudo “era muito bom” (Gn 1.31). Não existia nada ruim ou mau em todo o universo – não havia pecado, desarmonia, dor e, em especial, não havia morte. Tudo isso sobreveio ao universo somente depois da entrada do pecado, primeiro através de Satanás e seus anjos, e, posteriormente, através de Adão e Eva.
Em seguida, Deus amaldiçoou o solo da terra (do hebraico, ’adamah; i.e., os elementos básicos a partir dos quais Ele tinha feito todas as coisas). Em 1 Coríntios 15.21 está escrito “...que a morte veio por um homem”. Desde então, “...toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.22). Na esfera física tudo tende a retornar ao pó do qual foi feito, tal como o corpo de Adão retornou (cf., Gn 3.19). Todas as formas de vida biológica finalmente morrem, ainda que o aspecto “consciente” da vida humana sobreviva para que, no fim, seja unido a um corpo ressuscitado por ocasião da volta de Cristo. A “imagem de Deus” no homem tem sido desfigurada, contudo, ainda pode ser refeita no “...novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10).

O Dilema da Evolução

A verdadeira ciência não confirma a perspectiva evolucionista; em vez disso, a ciência verdadeira favorece a perspectiva bíblica da criação. Por exemplo, as duas leis científicas mais bem comprovadas e mais aplicáveis no universo apontam com absoluta clareza para a primitiva criação do universo, não para a evolução deste a partir do nada. São elas: A Primeira Lei da Termodinâmica e a Segunda Lei da Termodinâmica, ou como respectivamente são chamadas de lei da conservação quantitativa e lei do decaimento qualitativo de todas as coisas. A Primeira Lei assegura que nem matéria (ou massa), nem energia, continuam a ser criadas ou destruídas na atualidade, conforme está registrado em Gênesis 2.3: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”. O Novo Testamento confirma que agora nosso Criador está “...sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3).
Tal fato nos assegura que o universo não poderia ter criado a si mesmo, pois, segundo aPrimeira Lei da Termodinâmica, nenhum fator no atual curso do universo pode criar alguma coisa. Contudo, o universo deve ter sido criado em algum momento do passado, porque aSegunda Lei da Termodinâmica assevera que tudo está em declínio, rumando para a estagnação e “morte”. Essa situação também é obviamente uma decorrência da maldição imposta por Deus sobre “toda a criação” (cf., Rm 8.22).
Ora, se o universo não pôde se criar espontaneamente (conforme determina a Primeira Lei),mas teve de ser criado de alguma maneira (visto que não está morto, ainda que se encaminhe inexoravelmente para a morte, conforme determina a Segunda Lei), a única resposta para tal dilema é a de que Deus o criou! Essa é a conclusão científica mais plausível com base nas melhores leis científicas de que dispomos.
Essa Segunda Lei também esclarece a razão pela qual ninguém até hoje experimentou qualquer tipo de evolução verticalmente “ascendente” a partir de uma espécie inferior ou menos complexa para uma espécie superior ou mais complexa. Em toda a história humana não há sequer um registro documentado da tal “macroevolução”. Há muitos casos de variação “horizontal” (por exemplo, as diferentes raças de cães) de variação degenerativa (por exemplo, mutações, extinções, deteriorações), porém, nada mais do que isso.
No registro fóssil do passado (que conta com bilhões de fósseis conhecidos) há muitos exemplos de espécies extintas (por exemplo, os dinossauros), todavia não existe nenhuma seqüência de transição de uma espécie menos complexa para outra espécie mais complexa. Ernst Mayr, professor da Universidade de Harvard, reconhecido como um dos maiores biólogos evolucionistas ainda vivos e que se declara ateu, admite o seguinte em seu recente livro publicado: “O registro fóssil lamentavelmente continua inadequado” para comprovar a evolução.[1] Além do mais, todos aqueles bilhões de fósseis testificam eloqüentemente acerca de um mundo em sofrimento e degradação mortal. Portanto, esses fósseis devem ter sido enterrados somente depois que o homem introduziu o pecado no mundo.
A evolução da vida ou de qualquer espécie viva nunca foi registrada nos 6 mil anos de história escrita e não há nenhuma evidência dela no registro fóssil do passado. A evolução nunca foi observada empiricamente pelo simples fato de que não pode acontecer. A Segunda Lei da Termodinâmica nos assegura que seria impossível ocorrer qualquer tipo de evolução sem a intervenção incessante e milagrosa de Deus. Além do mais, Deus mesmo determinou a lei biogenética de que [a reprodução] seja “segundo a sua espécie” (cf. Gn 1.11-12, 24-25).
Deus pode intervir quando há uma razão especial para fazê-lo. Por exemplo, houve uma ocasião em que Ele miraculosamente fez com que água “evoluísse” instantaneamente para vinho (Jo 2.7-11). Ele continua a ser o Criador e, como tal, ainda pode realizar milagres de criação quando a ocasião o justifica, porém, a evolução, usada geralmente pelo ser humano para se esquivar da sua necessidade de Deus, não é um desses milagres. (Dr. Henry M. Morris 

sábado, 17 de agosto de 2013

23 HORAS MORTA ANGELICA ZAMBRANO ESTEVE NO CÉU E NO INFERNO


A Prova de Fogo


O peregino


Qual é a Maior Necessidade do Mundo?

Qual é a Maior Necessidade do Mundo?

Se a necessidade fosse econômica, Deus teria enviado um Ministro da Economia. Se fosse segurança, Deus teria enviado um Chefe de Polícia. Se fosse um emprego melhor, Deus teria enviado um Ministro do Trabalho. Se fosse a saúde, Deus teria enviado um médico. No entanto, por entender que nossa maior necessidade seria a de ter um relacionamento pessoal com Deus, Ele nos enviou um SALVADOR divino.
A maior necessidade do ser humano é conhecer a Deus e desfrutar Sua companhia por toda a eternidade! A Bíblia afirma que o homem está separado de seu Criador por causa do pecado. Todavia, com a finalidade de proporcionar uma solução para isso, Deus enviou a Jesus Cristo para perdoar esse pecado. Estimado amigo e leitor: se Deus coloca alguma inquietação a esse respeito em seu coração, lhe peço que leia esse folheto até o fim, com um coração disposto a ser moldado pelos ensinamentos da Bíblia.
Seguem 4 verdades extraídas da Bíblia que nos guiarão para o suprimento de nossa maior necessidade: a de iniciar uma relação pessoal com o Deus vivo e verdadeiro.

1. O “coração” do problema é o problema do coração

A separação entre a Humanidade e o seu Criador é tão real quanto a distância que há entre o Sol e o nosso planeta. O que nos distanciou? Foi o pecado! A Santa Bíblia nos diz, em Romanos 3.23: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Provavelmente, você se considera uma boa pessoa, porém, comparando-se com quem? A Palavra de Deus nos coloca diante da santa glória de Deus e é por essa razão que estamos perdidos, não podendo entrar na Sua presença, no Céu. “ Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque” (Eclesiastes 7.20).

2. Frente a frente com Deus no maior Juízo da história humana

Se você morresse hoje, teria que enfrentar o Juízo Final com plena consciência de sua culpa. Estaria frente a frente com seu Criador, o único Deus verdadeiro, Santo, Justo, que odeia o pecado e que não inocentará o culpado. A conseqüência? A eterna separação de Deus, perdido por toda a eternidade. “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27), “...o salário do pecado é a morte...”(Romanos 6.23). “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1.9). “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Apocalipse 20.15). A Santa Bíblia é muito clara quanto ao destino eterno de todas as pessoas: é o Céu ou o inferno. Não há outras coisas ou outros lugares, como o purgatório ou a reencarnação. A Bíblia desconhece essas doutrinas.

3. Uma boa notícia para você: Deus o ama e deseja perdoá-lo

O desejo de Deus é que ninguém pereça no inferno. O inferno foi feito para o Diabo e seus demônios que serão condenados ali. Eles querem que você os siga em seu destino de perdição e o odeiam porque Deus ama você.
Deus enviou Seu próprio Filho ao mundo, em forma humana, para morrer e pagar pelos nossos pecados e, assim, poder salvar ao culpado sem comprometer a Sua justiça. Em João 3.16, lemos: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Romanos 5.8 diz: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Em 2 Pedro 3.9, somos lembrados que o Senhor “é longânimo..., não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”.

4. Entrar no Céu é um presente – não é merecimento nem se obtém por boas obras

Jesus Cristo é o único Ser humano sem pecado – porque Ele mesmo é Deus – e venceu a morte (apesar das religiões que O mostram preso à cruz, impotente) e ressuscitou novamente. Ele hoje está vivo e pode salvá-lo se você O convidar para ser seu Redentor.

A Bíblia diz que a salvação é um dom (presente) de Deus: “não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:9). No Céu, ninguém poderá se orgulhar de ter chegado lá por seus próprios méritos, senão pela obra perfeita de Cristo. Agora, Deus aguarda a sua resposta para esta mensagem do maior amor. Se você, nesse instante, quiser receber o perdão pelos seus pecados, o dom gratuito da entrada no Céu, então faça uma oração aceitando a Cristo como o seu Deus e Salvador. Fale com Deus sinceramente, usando a oração seguinte como exemplo: “Senhor Deus! Reconheço que estou perdido em meu pecado, porém, agora creio em Cristo. Peço que perdoes os meus pecados. Salva-me agora. Amém!”

terça-feira, 7 de maio de 2013

Que religião é essa?


Que religião é essa?



Clubes de luta, reggae, campeonatos de surfe e até 
tatuadores estão atraindo cada vez mais jovens 
para as igrejas evangélicas do Brasil, afirma reportagem
 publicada [na] terça-feira pelo jornal americano 
New York Times. Sob o título “Noites de luta e 
reggae enchem as igrejas brasileiras”, a reportagem 
descreve o recente crescimento das Igrejas Evangélicas no 
Brasil e a evasão de fiéis da Igreja Católica. 
“(A igreja) Renascer em Cristo está entre o 
crescente número de igrejas evangélicas no Brasil 
que estão encontrando formas de se conectar com 
os jovens para aumentar seu rebanho de fiéis.
 De noites de luta a reggae, vídeo games e tatuadores no local,
 suas igrejas vêm ajudando a tornar o movimento evangélico o
 movimento espiritual que mais cresce no Brasil”, diz a reportagem.

    “Igrejas evangélicas cristãs estão atraindo os
     brasileiros para longe do catolicismo romano,
     a religião dominante no Brasil. Em 1950, 
    94% dos brasileiros diziam ser católicos,
     mas este número caiu para 74% até o ano 2000. 
    Ao mesmo tempo, a porcentagem dos que se descrevem
     como evangélicos aumentou em cinco vezes no mesmo período,
     chegando a 15% no ano 2000.”
    Segundo um pastor da Igreja Renascer,
     o movimento evangélico pode preencher 
    um vazio para os jovens que buscam a salvação. 
    Mas o NYT também comenta a 
    controvérsia em torno da igreja, cujos fundadores,
     Estevam e Sonia Hernandes são acusados de fraude, 
    roubo, evasão de impostos e lavagem de dinheiro no Brasil.
    “A Renascer tenta contratar pastores jovens
     que possam se relacionar melhor com membros adolescentes”,
     diz o jornal. “Na noite de luta 
    (competições de jiu-jitsu, segundo o jornal), 
    dezenas de adolescentes e jovens adultos 
    compareceram à igreja. No salão da frente, 
    carrocinhas vendiam cachorro quente e pizza,
     e jovens faziam fila para adquirir tatuagens de

     temas religiosos como ‘eu pertenço a Jesus’.”
    A reportagem descreve ainda o estado de 
    transe em que muitos fieis parecem entrar durante 
    os cultos, e descreve o recolhimento do dízimo pelas igrejas.
    O movimento evangélico atrai jovens de todas
     as classes no Brasil, afirma oNew York Times,
     citando a igreja Bola de Neve, formada por surfistas. 
    A igreja, fundada em 1999 no Rio de Janeiro, afirma 
    ter hoje mais de 100 assembleias, a maior parte
     no Brasil. Segundo o fundador, música e esporte
     “superam todos os tipos de barreiras”.
    Nota: Levando-se em conta esse tipo de “religiosidade” 
    pós-moderna, dá para entender estas duas declarações:
    “A própria Bíblia diz que Deus escreve 
    certo por linhas tortas” (diálogo na novela Alma Gêmea). 
    Mesmo os que se dizem religiosos não conhece
    m mais a Bíblia e citam ditados populares como se 
    fossem textos bíblicos. Fazem das Escrituras uma 
    espécie de amuleto ou artigo decorativo, mas não
     se dedicam à análise devocional de suas páginas.
     Num clima de exacerbação dos sentimentos e do transe, 
    sem a devida orientação provida pela Palavra de Deus, 
    as pessoas caem em todo tipo de armadilha duma 
    religião que mais se assemelha ao neopaganismo.
    A outra declaração: “Religião é um cativeiro para as pessoas.
     Tudo que se faz ‘religiosamente’ é escravidão. 
    Nós lemos a Bíblia e procuramos aprender valores e
     condutas para uma vida saudável e com mais esperança”
     (Iris Abravanel, esposa de Silvio Santos). 
    Isso revela o quanto as igrejas estão
     desacreditadas. Muitas pessoas preferem viver
     a fé sem se envolver com denominações das
     quais desconfiam. As notícias frequentes de 
    desvio de dízimos e enriquecimento ilícito de líderes 
    religiosos lançam 
    uma sombra de dúvida sobre todas as igrejas, 
    afastando de suas portas muita gente sincera (e pensante).
    Agora esta: clubes de luta, reggae e tatuagens!
    Se Jesus encarnasse hoje, será que convidaria 
    Seus discípulos para um vale-tudo a fim de atrair
     pecadores e oferecer-lhes salvação?

sábado, 4 de maio de 2013

As malvadezas de um frade incendiário


Frei Damiao
As malvadezas de um frade incendiário
Monumento ao Frei Damião de Bozzano, em Guarabira, Paraíba. Não confundir com o monumento ao Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, Ceará.
monumento
“Livra-me, Senhor, do homem perverso, guarda-me do homem violento, cujo coração maquina iniqüidades e vive forjando contendas” (Salmo 140:1-2).
Ânimo, brava gente brasileira! Infelizmente o Frei Damião vai mesmo tornar-se santo.
Estão tentando modificar os fatos históricos ou me deixar desmemoriado, mas peço a Deus que não consigam nenhuma das duas coisas. Não, não faço uso de drogas alucinógenas e nem sou portador do Mal de Alzheimer (pelo menos, ainda não). A culpa é do neo-ilusionismo praticado pela igreja católica.
É, parece que tudo está perdido! A igreja do papado fez uma releitura positiva de um italiano que viveu no Nordeste brasileiro no século passado e o seu processo de beatificação, que antecede o da canonização, anda a passos largos. Para transformar um agressor em vítima, um incendiário em bombeiro, um raivoso encharcado de ódio em amoroso e pacífico, um reprovável em santo, somente entrando em cena a turma de ilusionistas da igreja católica romana.
Estou me referindo ao quase concluído processo de beatificação do Frei Damião de Bozzano, que precipitará o início do processo de sua canonização. Imagine, o iracundo Frei Damião será canonizado!
Frei Damião de Bozzano. A igreja católica brasileira solicitou sua beatificação para futura canonização.
monumento
Quem foi o Frei Damião de Bozzano?
Seu nome de batismo é Pio Giannotti, e ele nasceu em 5 de novembro de 1898, em Bozzano, no Norte da Itália, filho dos camponeses Félix Giannotti e Maria Giannotti.
Começou sua formação religiosa aos 12 anos, quando foi estudar em um colégio de padres. Aos 19 anos foi convocado para o exército italiano e participou da Primeira Guerra Mundial. Em 25 de agosto de 1923 foi ordenado sacerdote, na Igreja de São Lourenço de Brindisi, em Roma. Aos 27 anos diplomou-se em teologia pela Universidade Gregoriana em Roma e foi docente do Convento de Vila Basélica e do Convento de Massa.
Em 1931, deixou a Itália, vindo diretamente para o Convento de São Félix de Cantalice (conhecido como o Convento dos Capuchinhos) no Recife. Dos 33 anos até a sua morte, aos 98 anos, residiu nesse convento.
Sua primeira missa em solo brasileiro foi rezada na Capela de São Miguel, no Sítio do Mel, do lado de fora da cidade de Gravatá, em Pernambuco, no dia 29 de setembro de 1931.
Marcos Nunes em frente à capelinha no Sítio Riacho do Mel, em Gravatá. Local onde o frade proferiu sua primeira missa brasileira.
monumento
Frei Damião ocupou-se em disseminar “as santas missões” pelo interior do Nordeste. “As santas missões” eram um tipo de cruzadas missionárias, de alguns dias de duração, pelas cidades nordestinas. Nessas ocasiões, era armado um palanque ao ar-livre com vários alto-falantes onde o frade transmitia o seu discurso conservador e contra os protestantes.
Frei Damião conseguia arrastar multidões para ouvir suas palestras e tornou-se um fenômeno de popularidade religiosa no Nordeste, só comparável ao “Padim Ciço”, de Juazeiro do Norte. A propósito, Frei Damião é aclamado pelos católicos locais como o legítimo sucessor do Padre Cícero Romão Batista (para saber mais sobre o Padre Cícero, leia o artigo Uma Viagem ao Caldeirão da Idolatria”).
Estatueta do Padre Cícero em frente a uma foto do Frei Damião. Uma dupla insuperável para os católicos nordestinos.
monumento
Quando perguntado sobre os objetivos de suas “santas missões” aos sertanejos, o frei respondia que um dos objetivos era “livrá-los do Demônio, que queria afastá-los da Igreja e fazê-los abraçar outro credo [...]”.(1) O que o frade queria dizer por “Demônio”? Provavelmente, os protestantes.
Na ocasião de sua morte, em 31 de maio de 1997, o governo de Pernambuco e a prefeitura de Recife decretaram luto oficial de três dias. Seu corpo foi embalsamado, velado durante três dias na Basílica da Penha e no estádio de futebol do Arruda, em Recife. Várias autoridades compareceram ao seu velório, entre as quais o ex-presidente Fernando Collor de Mello, o vice-presidente Marco Maciel e o governador Miguel Arraes.(2)
Em 31 de maio de 2003, seis anos após sua morte, foi aberto o processo de beatificação e, posteriormente, de canonização de Frei Damião. Esse frade é apenas mais um, entre outros líderes religiosos católicos que viveram no Brasil, a ser candidato a santo.
Rastros de sangue deixados pelo Frei Damião na Paraíba
E quando vi, lá estávamos nós novamente: Marcos Nunes, um piedoso irmão em Cristo, e eu dirigindo por mais de mil e quinhentos quilômetros de estradas asfaltadas e de barro pelo interior do estado da Paraíba, um buraco aqui, uma lombada não sinalizada acolá, um desarranjo intestinal efêmero, uma bolha na região plantar, um rápido entorse de tornozelo, quase vinte entrevistas com testemunhas oculares e pastores, centenas de fotografias, sem falar em algumas filmagens.
Tudo isso em prol de pesquisarmos in loco a passagem pelo solo nordestino de um frade que ficou conhecido como o maior perseguidor dos protestantes nordestinos.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para reinventar o turismo pelo interior paraibano. Até porque, para um pesquisador evangélico, há passeio melhor por aquelas bandas do que tirar dois fins de semanas para conhecer algumas das igrejas evangélicas em que o Frei Damião e/ou outras autoridades católicas mandaram tocar fogo, destruir ou apedrejar e que, mesmo após tamanha agressão, conseguiram se reerguer?
Houve perseguições religiosas em dezenas de cidades nordestinas. Porém, neste artigo vamos nos deter a analisar, em ordem cronológica, a perseguição exercida pela igreja romana contra os protestantes em apenas quatro cidades paraibanas.
Mapa da Paraíba. Destacando os municípios pesquisados neste artigo.
mapa
Romeiros visitando o Monumento ao Frei Damião, em Guarabira. “Santo Oco”.
Em Guarabira, PB: um memorial oco ao Frei agressivo
Mais uma megaestátua de um líder católico no alto de um morro: o Memorial Frei Damião, construído com dinheiro público e inaugurado em 19 de dezembro de 2004, em Guarabira, Paraíba, é algo fenomenal. Totalmente desproporcional em relação à simplicidade e à pobreza do povo ao seu redor.
Marcos Nunes próximo ao Monumento ao Frei Damião, em Guarabira. Seu pedestal contém um museu.
Guarabira
É uma estrutura majestosa. Só o pedestal tem 12 metros de altura, e a estátua mais 22 metros de altura. Ultrapassou em altura e em largura o monumento ao Padre Cícero, em Juazeiro, no Ceará. No Brasil, só é mais baixa do que o Cristo Redentor.
O pedestal do monumento é composto de térreo e mais dois pavimentos, onde está localizado um museu do frade. O visitante circula andando em um corredor, observando fotos, notícias e histórias acerca do frei. O meio da estátua é vazado e quando se olha para cima se vê que a estátua é de concreto oco. É um “santo oco”, e essa é uma verdade que o povo protestante conhece muito bem.
Cerca de dois quilômetros morro abaixo está a Igreja Evangélica Congregacional de Guarabira. “Ela hoje tem suas portas de vidro, pois não temos medo de sermos apedrejados novamente pelos fiéis do Frei Damião”, ensinou-nos o atual pastor, Sandro Fernandes Paiva.
Imagem atual da Igreja Congregacional em Guarabira. O pastor Sandro Fernandes Paiva exibindo suas portas de vidro.
Guarabira Guarabira
A agressão ocorreu no início da noite de inauguração do templo, no dia 21 de abril de 1937, na gestão do pastor Artur Pereira Barros. A ata da igreja descreve: “[...] um grande auditório cuja bancada estava repleta de famílias, inclusive crianças. Foram estes atacados de improviso por fanáticos do Frei Damião [...]. Esse cerco durou mais ou menos três horas, tornando-se mais perigoso quando indivíduos previamente preparados lançavam pedras nos fios desligando a energia elétrica. Nesta ocasião a maior parte do povo arriscando a vida começou a saltar por cima dos muros, permanecendo no templo os pastores e alguns membros [...]”.
Muitos dos agressores gritavam insultos aos crentes, que na época eram chamados de “bodes” pelos católicos. Alguns usavam aquelas túnicas marrom escuras, típicas dos capuchinhos e exaltavam o Frei Damião. No dia seguinte, a quantidade de pedras e paus jogados sobre os crentes totalizava mil e quinhentos quilos, detalha a ata. Alguns evangélicos saíram feridos e a fachada da frente da igreja ficou marcada com centenas de buracos causados pelas agressões.
Será que aqueles que construíram a estátua monumental do frade, há cerca de dois quilômetros de distância dessa igreja congregacional, sabem que o “santo oco” foi o responsável por inflamar e atiçar a multidão de católicos contra os evangélicos?
Em Catolé do Rocha, PB: onde o Frei fez escola
Entrevistamos vários moradores, hoje crentes no Senhor Jesus, que à época das “santas missões” do frade eram católicos roxos. Algumas das muitas frases proferidas pelo Frei Damião e ouvidas por esses irmãos, foram: “Não é pecado perseguir os protestantes pois eles são inimigos da Santa Igreja Católica”; “não ficará nesta cidade nem rastro de protestantes”; “casamento civil é só na Igreja Católica, na protestante não tem nenhum valor, é igual ao ajuntamento de um gato com uma gata”...
“Havia um incentivo dos políticos e da igreja católica para maltratar os crentes”, sentencia Pedro Nunes Neto (um ex-católico que hoje, aos 76 anos de idade, é evangélico).
Pedro Nunes Neto: “Era católico e havia um incentivo da igreja romana para maltratar os crentes”.
Pedro Nunes Neto
Párocos e multidões de católicos foram instigados pelo amargurado Frei Damião que jorrava ódio pelos protestantes. Em Catolé do Rocha, o frade perseguidor perpetuou uma escola já existente de discípulos cruéis.
Ainda hoje, na calçada em frente à Igreja Matriz, existe um busto do Frei Damião de Bozzano, onde alguns devotos fazem seus pedidos.
Antes mesmo do raivoso Frei pisar nestas terras, o Monsenhor Constantino ensinava ao povo de Catolé do Rocha: “Aos protestantes, nós católicos não damos morada, não compramos, nem vendemos coisa alguma, muito menos entregamos correspondência e nem mesmo permitiremos a eles o fornecimento de água”.
O autor na calçada da Igreja Matriz ao lado do busto do frei perseguidor dos evangélicos. Catolé do Rocha, PB.
Igreja Matriz
Naquele tempo, havia uma fonte pública na cidade, conhecida como “O Poço do Vigário”. Dela e de alguns outros poços d’água, em algumas casas de pessoas importantes, o povo em geral tirava água para o consumo em suas casas. No entanto, os evangélicos não podiam mais pegar água. E agora? O que fazer? Onde buscar água para continuar vivendo? Mulheres e crianças protestantes choravam com fome e sede, homens evangélicos angustiados tentavam sair da cidade e o Monsenhor Constantino aproveitava a situação para convocar os crentes a regressarem ao seio da igreja romana. Estou narrando fatos ocorridos no sertão paraibano há cerca de setenta anos.
Mas, o nosso Deus é maravilhoso e tocou no coração de um casal católico (o senhor Hercílio Maia e dona Eleonora) que tinha um poço na sua residência. Eles ficaram sensibilizados com o sofrimento do povo de Deus e liberaram o seu poço para todos os evangélicos. O Monsenhor tentou impedi-los, mas não conseguiu. Então, amaldiçoou o casal, saiu irado e nunca mais os cumprimentou.
Miguel Guedes Bezerra era um católico praticante, mas hoje, com 96 anos, é salvo pelo sangue do Senhor Jesus e bastante lúcido. Bezerra me contou que havia emboscadas dentro do mato para apedrejarem, maltratarem e saquearem os “bodes” que viajassem de Catolé do Rocha para qualquer outro povoado satélite. Porém, mesmo assim a igreja de Cristo crescia.
O quebra-quebra dentro da Igreja Evangélica Congregacional em Catolé do Rocha aconteceu em uma noite de sábado, no mês de junho de 1938, com a autorização do perverso padre Joaquim de Assis. Foi na gestão do pastor Lidônio Fragoso de Almeida. Naquela ocasião estava sendo realizada uma série de conferências sobre o tema “idolatria”, ministrada pelo Rev. Josué Alves de Oliveira, um ex-pastor daquela comunidade.
O pastor Josué Alves de Oliveira pregava sobre a idolatria e escapou pela janela.
Pastor Josué
Dona Maria do Carmo de Paiva Maia, que à época tinha 19 anos, é casada com Miguel Guedes Bezerra, já citado anteriormente. Maria do Carmo, hoje com 87 anos, lembra-se de muito detalhes daquela noite: “Eu era solteira e estava dentro da igreja, momentos antes do culto iniciar. Já tinha observado que um grupo de homens e rapazes começava a se ajuntar do lado de fora da porta da igreja. Por duas vezes, eles se movimentaram como se fossem entrar na igreja, mas não entraram. Na terceira vez, entraram mesmo, gritando insultos. Eles foram até o primeiro banco da igreja, o levantaram bem alto e sacudiram no chão, espatifando-o. Os intrusos fizeram a mesma coisa com o segundo banco. Saí correndo da igreja com medo e o pastor Josué Alves de Oliveira escapou pulando a janela. A algazarra só acabou quando a polícia chegou. Além de quebrarem alguns bancos, portas e a mesa, destruíram também a serafina (uma espécie de órgão antigo)”.
Miguel Guedes Bezerra se converteu na noite em que a igreja foi invadida. Sua esposa estava dentro da igreja na hora da agressão.
Miguel Guedes
Aquela noite marcou para sempre a vida do então católico Miguel Guedes Bezerra (o esposo de Maria do Carmo). Miguel Bezerra nos relatou: “A multidão enfurecida, sendo contida pelos policiais, saiu em caminhões em direção ao povoado de Brejo dos Cavalos (hoje, Brejo dos Santos). Esses homens gritavam: ‘vamos para o Brejo, destruir a igreja dos bodes lá também!’, e partiram em direção àquele povoado. Eu já estava meio tocado com o testemunho de minha irmã, uma nova-convertida ao evangelho, e quando vi aquela cena infame, disse alto e em bom tom: ‘Vocês pensam que vão destruir os protestantes destruindo seus templos, mas não vão mesmo, pois a partir de hoje eu sou mais um deles!’ Me tornei crente no Senhor Jesus naquela noite!”
O pastor Alexandro da Cunha Cruz em frente da atual Igreja Evangélica Congregacional da União, em Catolé do Rocha. A igreja permanece no mesmo local em que foi agredida pelos católicos.
Pastor Alexandro
Marcos Nunes e eu fomos, então, até Brejo dos Cavalos conferir o que aconteceu por lá naquela noite.
De “Brejo dos Cavalos” a “Brejo dos Santos”: “Pode esperar bando de bodes!”
O templo da Igreja Congregacional em Brejo dos Cavalos foi destruído duas vezes.
Elizário Luiz da Costa era quase um sacristão da igreja católica de Brejo e entregava quem era evangélico aos padres. Ele já vinha aterrorizando os protestantes nos dias anteriores à primeira destruição do templo. Passava andando pela frente das residências dos evangélicos e gritava: “Bando de bodes, pode esperar, à noite vai chegar o que é bom para vocês. Vai ser pimenta do seu c..., bé, béé, bééé!”, relatam os irmãos João Alves da Silva e Ricardina Alves da Silva.
Dona Ricardina Alves da Silva, era a filha da zeladora da igreja evangélica e na época tinha 13 anos. Ela nos descreveu os acontecimentos daquela noite: “Era tarde da noite de um sábado, em junho de 1938. Naquela tarde tinha feito com mamãe uma faxina na igreja e deixado tudo pronto para o culto de domingo. Já estava dormindo, quando ouvi os gritos de homens enfurecidos e meu irmão saiu correndo comigo para dentro do mato. No dia seguinte, a igreja estava destruída, bancos e portas quebrados, teto e paredes furados e parcialmente derrubadas. Encontrei a Bíblia e a campainha que ficavam em cima da mesa jogadas dentro de um tanque atrás da igreja”.
Ricardina Alves da Silva era filha da zeladora e recorda das duas vezes em que o templo evangélico foi destruído.
Ricardina Alves
Os fiéis, agora sem templo, passaram a se reunir dentro do mato com medo das represálias dos católicos. Após algum tempo, passaram a se reunir nas suas casas e, finalmente, decidiram reconstruir o templo em regime de mutirão. Antes do templo reconstruído ser inaugurado, veio a nova rebordosa da segunda derrubada.
Era o começo de uma noite chuvosa, de um sábado de dezembro de 1939, um ano e seis meses após a primeira destruição, quando o barulho começou: “Se preparem bando de bodes, hoje vamos matar tudinho”, gritavam os católicos enraivecidos e iniciaram o quebra-quebra.
Ricardina da Silva nos contou: “Dessa vez as paredes da igreja estavam reforçadas e bem mais grossas, espessas. Então eles fizeram uns buracos nas paredes que pareciam umas covas e nomearam cada um dos buracos – essa é a cova do bode fulano, essa é a cova do bode cicrano, e assim por diante. Meu pai foi até lá, ordenou que parassem, mas levou uma surra, foi arrastado até um barreiro, onde o jogaram. Meu irmão, ao ver que papai iria morrer, pegou uma espingarda, e deu um tiro para cima. Os agressores deixaram meu pai lá, fugiram e meu irmão o salvou”. Dessa vez a destruição da igreja foi quase total.
Naquela noite, os crentes apavorados fugiram para dentro do mato, algumas crianças pequenas se perderam na escuridão e só foram encontradas na manhã seguinte.
O medo tomou conta dos evangélicos que decidiram, alguns dias após esse incidente, fugir num caminhão. Partiram para a cidade de Boa Viagem, no Ceará. Durante a viagem, ao descerem uma ladeira, o motorista do caminhão pulou para fora e deixou o veículo descer à deriva. O pau de arara tombou, bateu na ribanceira, mas ninguém ficou ferido. Os homens protestantes correram atrás do motorista desertor, o pegaram e perguntaram porque tinha feito aquilo. O motorista confessou: “O padre me pagou para que pulasse para fora do carro em uma ladeira e deixasse que todos vocês fossem mortos”.
Os evangélicos finalmente chegaram a Boa Viagem, onde abriram novas frentes de trabalhos evangelísticos que existem até hoje.
Com os evangélicos dispersos, o prefeito e o padre do vilarejo de Brejo dos Cavalos decidiram mudar o nome do povoado. Afirmaram: “Já que os cavalos e os bodes (uma alusão aos evangélicos) se foram, só ficaram aqui os santos. De hoje em diante o nome desta cidade passa a ser Brejo dos Santos”.
Meu querido leitor, não pense que a igreja evangélica em Brejo foi pro brejo. Pois não foi, não.
Alguns anos mais tarde, os evangélicos decidiram retornar ao Brejo dos Santos, reconstruíram o templo no mesmo local dos anteriores e reorganizaram a igreja no dia 10 de maio de 1942. Hoje os evangélicos se emocionam em dizer que aqui é Brejo dos Santos, mesmo!
O pastor Edinaldo Alves da Silva em frente do templo reconstruído da Igreja Congregacional em Brejo dos Santos.
Pastor Edinaldo
O pastor Edinaldo Alves da Silva conclui: “Atualmente, nossa igreja reconstruída tem mais quatro congregações, um ponto de pregação, cerca de 20% do povoado é crente no Senhor Jesus e isso nos torna a cidade com maior número percentual de evangélicos no sertão da Paraíba”. Aleluia!
Em Patos, PB: A igreja virou fogueira em noite de São Pedro
Era a semana de festas juninas, entre o “São João” e o “São Pedro”, e o Frei Damião estava em Patos com suas “santas missões”.
O repórter Euricles Cavalcante Macedo, do Jornal Brasil Presbiteriano, em um artigo intitulado “Frei Damião transforma templo presbiteriano em fogueira de São Pedro”, relata: “Frei Damião foi, ao contrário de santo, um implacável perseguidor de evangélicos, um terrorista intolerante, comandante-chefe de uma milícia de fanáticos”.(3)
As igrejas sertanejas, tanto as católicas como as evangélicas, tinham nos seus tetos alto-falantes (que, por essas bandas, chamam de difusoras). Assim, as pessoas do lado de fora das igrejas podiam ouvir as músicas, anúncios e até toda a missa ou culto.
Euclides Cavalcante Macedo, descreve:
Almir da Rocha conta que naquele dia “a Igreja Presbiteriana de Patos – pastoreada pelo reverendo Jônatas Barros de Oliveira, falecido em 96 – estava com o serviço de som externo ligado e tocando, como sempre fazia, músicas evangélicas”. Foi então que o padre Manoel Dutra, pároco local, dirigiu-se ao templo presbiteriano “acompanhado de grande multidão e entrou na igreja dos crentes, determinando que o som fosse desligado e que somente voltasse a funcionar depois que frei Damião deixasse a cidade”. O técnico do serviço de som desligou o aparelho e dirigiu-se à Delegacia de Polícia, onde registrou queixa ao capitão Severino Dias, que autorizou a execução das músicas sacras.
Quando o padre, que executou as ordens do frei Damião, ouviu soarem novamente as músicas evangélicas, “reuniu um novo grupo de fanáticos e dirigiu-se à Igreja Presbiteriana. Mas o capitão Severino desaprovou a atitude do religioso e ordenou-lhes que voltassem para sua igreja”.
No dia seguinte, 28 de junho, o capitão Severino Dias estava exonerado do cargo de delegado de polícia de Patos. O frei Damião, agora, estava livre para agir. Naquele clima de tensão, os crentes ficaram totalmente inseguros.
Eram vinte e duas horas, véspera de São Pedro. O clima de terror já estava instalado na pacata cidade de Patos. Através do serviço de som, anunciava-se que “não ficará nesta cidade nem rastro de protestante”.(4)
Era noite do dia 28 de junho de 1958 e estava tudo pronto para a missa começar do lado de fora da Igreja de Santo Antônio. A presença do Frei Damião arrastou multidões para o local onde o frade, dentro de alguns momentos, falaria de cima de um palanque improvisado.
O povo, anteriormente já instigado e inflamado pela liderança católica contra os evangélicos, partiu em direção à Igreja Presbiteriana em Patos, que ficava a cerca de quinhentos metros de distância, e a destruiu.
Enedina Xavier Inojosa, que na época tinha 30 anos e residia a poucos quarteirões da Igreja Presbiteriana, nos relatou: “Estava dormindo à noite e ouvi algumas explosões – eram mais fortes do que as bombas de São João –, acordei e os vizinhos falavam que tocaram fogo na igreja dos crentes”. Enedina só foi à igreja na manhã seguinte e a encontrou “queimada, suja e quase totalmente destruída”. Perguntei se ela sabia quem tinha mandado os católicos fazerem aquilo e a irmã foi bastante cautelosa: “o povo dizia que foi o Frei Damião e o padre que mandaram, mas eu não posso afirmar isso, pois não vi e nem ouvi, e só fui à igreja no dia seguinte”.
Enedina, ao lado do pastor Ermilton Gonçalves de Barros, em frente da Igreja Presbiteriana em Patos. Reconstruída no mesmo local da que foi incendiada.
Enedina Xavier Inojosa
O fotógrafo profissional Adgerson de Morais Porto, que à época tinha 28 anos, gravou espontaneamente uma entrevista conosco. Ele não perde a oportunidade para afirmar que era “o fotógrafo oficial” dos eventos paraibanos, que fotografou várias inaugurações, inclusive as passagens do então presidente Getúlio Vargas pela Paraíba.
Depois que a turba enfurecida partiu da Igreja Presbiteriana, Adgerson Porto pegou sua câmara fotográfica e foi por conta própria fotografar a bagaceira.
“Era de dar dó. Uma coisa muito triste. A igreja estava toda queimada, por dentro e por fora, o teto tinha vários rombos, nas paredes estavam escritos palavrões e desaforos aos crentes. Toda a bancada, o púlpito, a mesa, as portas e as janelas foram jogadas para fora da igreja e consumidas pelas chamas. Fotografei tudinho e entreguei algumas fotos ao pastor Jônatas Barros de Oliveira e não tenho mais os negativos”.
Arnaldo Ferreira do Nascimento, que na época morava na rua 18, em Patos, participou do motim levando um motor para atiçar fogo na madeira que estava sendo retirada do templo. Arnaldo, algum tempo depois, se converteu e hoje é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, no estado de São Paulo. Glória a Deus!
Após destruírem a Igreja Presbiteriana em Patos, a multidão partiu para destruir a Primeira Igreja Batista em Patos, mas o prefeito José Cavalcante e a polícia chegaram a tempo, impedindo que houvesse uma agressão semelhante. Alguém na multidão ainda jogou umas pedras contra a Igreja Batista, mas logo ouviu-se um disparo de uma arma de fogo, a multidão recuou, decidindo deixar a Igreja Batista intacta, retornando em procissão para “as santas missões” do Frei Damião.
José de Sá com sua esposa Francisca: “O pastor Jônatas passou a pregar exibindo as cinzas da igreja incendiada”.
José de Sá
O pastor Jônatas Barros de Oliveira foi ameaçado de morte e fugiu de trem para a cidade de Pombal. O irmão em Cristo José de Sá lembra-se daquele dia: “Fui eu que apanhei o pastor Jônatas, em fuga, na cidade de Pombal e o transportei de jumento até um sítio. O pastor continuou pregando pelos povoados próximos, sempre levando nas mãos uma latinha com as cinzas da Igreja Presbiteriana em Patos. Ele mostrava as cinzas e dizia: destruíram o templo, mas não a igreja”.
Apenas tornando uma longa história curta, alguns anos mais tarde, o templo foi reconstruído no mesmo local do anterior e hoje a Igreja Presbiteriana em Patos conta com quatro congregações, um ponto de pregação, além de uma escola.
O pastor Ermilton Barros em frente ao Educandário Presbiteriano, pertencente à Igreja Presbiteriana em Patos.
Educandário Presbiteriano
Igual à Igreja Primitiva
Incrível! Onde houve perseguição ferrenha da igreja católica aos protestantes, o evangelho não apenas sobreviveu, mas cresceu com bravura.
Foram dezenas de cidades em Pernambuco e na Paraíba onde os crentes foram perseguidos pelos católicos. Em todas elas, sem exceção, o evangelho triunfou e cresceu. As igrejas destruídas foram reedificadas no mesmo local e delas saíram dezenas de outras igrejas, congregações, pontos de pregações, institutos bíblicos e colégios evangélicos.
Várias vezes, durante as pesquisas por estas plagas do sertão paraibano, Marcos Nunes e eu não conseguimos deixar de associar tudo o que vimos com a perseguição sofrida pela igreja primitiva, após a morte de Estevão, e descrita em Atos 8:1 e 4-8: “Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. [...] Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade”.
Hoje, presenciamos o inverso. Atualmente, a igreja romana, como um lobo em pele de ovelhinha, quer se aproximar dos evangélicos, e mostrar sutilmente que somos muito mais semelhantes do que diferentes. Esse é um perigo enorme, tão assustador quanto uma perseguição! Oh, Deus! Manda-nos de volta outra perseguição! Que caiam as máscaras!
Os dinossauros e o “Troglodita”
A cidade de Sousa, localizada a quatrocentos e quarenta e quatro quilômetros da capital João Pessoa, no alto sertão da Paraíba, é conhecida nacional e internacionalmente como a “Capital Mundial das Pegadas dos Dinossauros”.
Toda aquela região faz parte do conhecido “Vale dos Dinossauros”. Acredita-se que tenha mais de trezentas trilhas de suas pegadas. Respeitáveis paleontologistas da Europa e dos Estados Unidos estão sempre por lá.
O lugar mais conhecido é o Sítio Ilha, localizado a seis quilômetros de Sousa. Lá, com dinheiro do exterior, está sendo montada uma infra-estrutura de Primeiro Mundo: já foi construído até um canal que desviou o curso do Rio do Peixe e expôs no seu leito sedimentado alguns dos mais longos rastros de pegadas dos dinossauros do mundo. A grande atração são cinqüenta e duas pegadas de um iguanodonte ao longo de cerca de cinqüenta metros. Há também várias trilhas menores de pegadas de velociraptor. Vale a pena conhecer os rastros de animais que marcaram nossa terra.
Em Sousa, Paraíba, o autor seguiu os passos do iguanodonte e do Frei Damião que agia como um “troglodita”.
pegadas estátua de Frei Damião
O curioso é que do outro lado da estrada, a cerca de três quilômetros das pegadas dos dinossauros, foi erguida em um monte uma estátua de Frei Damião. Não pude deixar de fazer uma associação: de um lado da estrada os rastros de dinossauros e do outro os de um homem que agia como um troglodita brutal.
O Dicionário Aurélio diz que troglodita é aquele “que vive debaixo da terra ou em cavernas. Pessoa que vive sob a terra”. O Frei Damião de Bozzano era assim, no quesito de agressão aos evangélicos: instigava as massas, mas ficava nas sombras, agia no subterrâneo. É aquele tipo de pessoa que manda matar e quando é pego diz que não tinha nada a ver com o crime.
Minha tese defendida neste artigo é uma só: apesar do Frei Damião de Bozzano nunca ter sido pego apedrejando uma igreja ou surrando um evangélico, com o seu discurso inflamava não apenas os jovens capuchinhos, mas a multidão de católicos para cometerem atrocidades contra nós. Os indícios são fortes de que o frade ficava na moita com o seu sorriso de hiena, instinto de chacais e seus dentes sujos de sangue de protestantes. Em decorrência disso, é minha proposta que a igreja católica suspenda imediatamente o seu processo de beatificação. Uma provável canonização pode comprometer mais ainda a imagem da igreja romana perante os seus fiéis.
O Frei Damião, um grande perseguidor dos evangélicos, pregava: “Não ficará nesta cidade nem rastro de protestantes”.
Frei Damião
Frei Damião de Bozzano pediu votos para Fernando Collor
“Nas eleições presidenciais de 1989, o então candidato Fernando Collor de Mello fez comício ao seu lado em Juazeiro do Norte e distribuiu calendários eleitorais com a figura do frade”.(5)
O Frei aceitou o convite do então presidente Collor de Mello e posou sorridente, em pé entre o presidente e a então primeira-dama, no gabinete no Palácio do Planalto.
“O velho capuchinho chegou a caminhar ao lado do casal Collor numa das cerimônias de descida da rampa do Palácio do Planalto”.(6)
No entanto, vamos esquecer que esse frade era cabo eleitoral de Fernando Collor, pois isso pode denegrir mais ainda sua imagem. Vamos apelar para uma amnésia intelectual, assim como fez recentemente o agora senador Fernando Collor de Mello, ao posar de injustiçado pelo seuimpeachment. Como relatou Roberto Pompeu de Toledo, ensaísta da revista Veja: Vamos esquecer “as denúncias do irmão de Collor, os feitos de PC Farias, as extorsões, o caixa dois, a Operação Uruguai, as mentiras, como se tudo não passasse de uma alucinação coletiva do povo brasileiro”.(7)
É melhor também esquecermos a amizade do Frei Damião com Collor de Mello; pode pegar mal tanto para Collor quanto para o frade.
Então, vamos também retirar das nossas mentes as perseguições exercidas pelo capuchinho contra os evangélicos; pois isso pode dificultar sua canonização. Vamos dizer que é uma farsa, uma ilusão coletiva dos protestantes; uma paranóia dos evangélicos. Enfim, teremos um frei incendiário repaginado, um malvado bandido santificado e ninguém envergonhado, pois para a liderança católica é melhor assim.
Conclusão: O perigo do tempo nos fazer esquecer
“Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para que não aprendas as suas veredas e, assim, enlaces a tua alma” (Provérbios 22:24-25).
A igreja do papado está desinformada ou ela própria sofrendo de hipomnésia! Quer santificar o papa Pio XII, o padre jesuíta José de Anchieta, a freira Anna Katharina Emmerick (veja o artigo A Paixão de Cristo de Mel Gibson”) e o iracundo Frei Damião, entre outras figuras.
O caso da santificação do Frei Damião de Bozzano é dos mais espantosos deste espantoso Vaticano. Para proclamar a sua canonização, a igreja católica terá de colocar muito verniz em madeira ruim. Espero que em vez de mandar matar o mensageiro das más notícias, a igreja do papado clame por Jesus e se purifique.
Faz tanto tempo que as igrejas evangélicas foram invadidas, os telhados caíram e as bancadas foram incendiadas que ninguém se lembra mais. O tempo da igreja católica, cedo ou tarde, sempre a inocenta.
Instituições arcaicas tendem a cultuar o banditismo. Foi assim com a igreja católica à época da Inquisição, com suas histórias de vomitar: homens, crianças, velhinhos e velhinhas, por qualquer motivo, eram vítimas de torturas, sangue e fogueira. Às vezes, me parece que a igreja católica romana ainda está estacionada nessa fase. Ou existe algum outro motivo para a santificação de um mandante de crimes?
Oro muito ao nosso Deus, pois sei que o assunto aqui colocado é grave e horroroso e não termina em um simples artigo. Oro para que esta matéria seja apenas um rascunho do que acho que deva ser profundamente estudado pelos evangélicos e católicos, antes da canonização do Frei de Bozzano.
O Frei Damião de Bozzano. “Santo” para os católicos e “terrorista” para os evangélicos.
Frei Damião
Coragem, da pátria filhos! Há uma esperança ainda para a nossa nação. A esperança é Jesus, o Santo de Israel (Isaías 41:14). Não há santo como o Senhor (I Samuel 2:2) e é este santo Senhor que nos santifica (Levítico 22:32b) e não uma instituição religiosa, como o Vaticano, e muito menos uma pessoa.
A Bíblia nos ensina que somos cidadãos celestiais e embaixadores de Deus no planeta Terra (I Pedro 2:11-12). Os heróis da fé do Velho Testamento aspiravam uma pátria superior (Hebreus 11:13-16) e deram a própria vida por amor ao Senhor.
Que privilégio Deus nos deu de sermos sal da terra onde estamos, sermos luz do planeta e um bálsamo no açoite deste mundo. Os neo-ilusionistas da liderança católica querem nos fazer esquecer de fatos verídicos e queimar das nossas mentes os arquivos contrários à igreja do papado.
Peço a Deus, que a exemplo daqueles que sofreram perseguições no sertão nordestino, não venhamos a nos esquecer da nossa missão de sermos “sais”, “luzes” e “bálsamos” em uma terra tão idólatra. Peguemos, pois, o bastão dos nossos antepassados e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, anunciando Jesus como o único Salvador e a única solução para os problemas mais íntimos das nossas almas. “Santo, Santo, Santo é o Senhor”, e isso o tempo do Vaticano jamais conseguirá apagar da minha mente. Amém!