terça-feira, 17 de abril de 2012

Precisamos de um avivamento!


Precisamos de um avivamento!
Leonard Ravenhil, um avivalista do passado, disse algo forte: “Como estiver a igreja, assim estará o mundo”. E as últimas sentenças do capítulo são: “Quanto a mim eu quero um avivamento, em minha vida, minha igreja e minha nação; ou então prefiro a morte”. 1
Precisamos de um avivamento não de métodos, mas de mente e coraçãoEste é o momento de se fazer um destaque acerca da contextualização bíblica de uma igreja que cresce naturalmente. Na realidade, enquanto o mundo fica preocupado em buscar métodos, Deus está interessado em buscar pessoas. Em outras palavras, o mundo pergunta: “Com que método posso contar?”, enquanto Deus pergunta: “Com que homem eu posso contar?”. A maior força que Deus possui nas mãos para a operação de suas maravilhas em nosso tempo é, sem sombra de dúvida, o homem que se rende completamente 
a Ele.
É fato que o pedido de John Wesley ao Senhor continua relevante: “Dê-me uma centena de pregadores que não receiem nada, senão em pecar, e nada desejem senão a Deus, e eles, não importa se clérigos ou leigos, por si sós abalarão as portas do inferno, estabelecendo o Reino de Deus na terra”. A oração de Wesley foi atendida, e ele vivenciou, junto com outros homens de Deus como George Whitefield, um grande avivamento nos seus dias, no século XVII. É sabido que muitos historiadores seculares concordam que foi o despertamento evangélico de duzentos anos atrás, na época de Whitefield e dos Wesley, que provavelmente salvou a Inglaterra de uma experiência semelhante à Revolução Francesa. A igreja estava tão cheia de vida e de poder que a sociedade inteira foi afetada.
Quando leio Atos 1.8 não posso deixar de vê-lo como o “carro chefe” de uma igreja que deseja ter como único estratagema de crescimento o próprio Deus, pois o Senhor é o único motivador de crescimento da igreja. E é uma pena de que em grande parte da literatura do movimento de “crescimento de igrejas” encontra-se bem pouca menção ao método de Deus para a igreja crescer: o próprio Deus!
Mas é preciso que creiamos de todo o nosso coração que quando Deus derramar o seu avivamento sobre a igreja, os planos e métodos humanos estarão ruindo como que, em reverência ao Senhor da Igreja, aquele que começa e termina as coisas segundo unicamente a sua visão e o modo de trabalhar. E, como Deus não tem conselheiros, ele sem dúvida alguma cumprirá sempre o que lhe apraz.
O grande pregador batista Charles Spurgeon admitiu: “Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada. Somos como veleiros ou carruagens sem cavalos. Como galhos sem seiva, murchamos. Como carvão sem fogo, somos inúteis”. Não podemos prescindir de uma vida de intimidade e total dependência de Deus. São com os joelhos flexionados que recebemos a orientação para o nosso ministério, e não em nossas salas de planejamento. Se Deus não nos encontrar em intimidade não adianta buscar ideias criativas de crescimento e mobilização da comunidade.
Tenho para mim que Deus tem considerado carnalidade muito do que se tem sido feito em seu nome nesses dias. Não dá para se perceber Deus agindo em meio a tanto comércio, tanto marketing, tanta badalação personalista. O avivamento que precisamos desmascarará muita gente, e eu peço ao Senhor que comece sua limpeza no seio da igreja, revelando os orgulhosos, soberbos e gente que tem desejado se promover com o título de pastor.
Esse não é o avivamento que precisamos! Posso dizer sem sombra de dúvidas, que isso é o grande pesadelo de nossos dias: ver igrejas que mais parecem centros espíritas, com suas superstições, mantras e extravagâncias, e que já não possuem nenhuma coerência em uma busca equilibrada do avivamento bíblico.
Avivamento bíblico tem como base João 4.24: “Deus é espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em Espírito e em Verdade”. Existe adoração na igreja que é em espírito e sem verdade, bem como existe também a versão sem espírito e somente em verdade. Isto reflete a meninice da igreja.
Preocupo-me com a necessidade de um equilíbrio na nossa adoração a Deus. Em nossos dias o que assistimos são dois extremos: o rigor da forma e a tirania do espontâneo. Esse quadro precisa mudar, pois como diria Aristóteles, “a virtude está no meio”.
A mídia popularizou o que antes só estavam cientes aqueles que faziam parte do meio evangélico. Hoje já temos bares gospel com funcionamento vinte e quatro horas, shows com bandas e cantores praticamente todos os meses em um local ou outro, produção de CD’s em grande quantidade de estilos (e alguns até com gravadoras independentes!), o Brasil se tornou um celeiro de novidades musicais gospel já há algum tempo.
A igreja local acaba sendo refém desse ambiente pulverizado, onde o conteúdo vale menos que a aparência, o ético não é tão valorizado quanto o estético, e o belo nem sempre é sinal de pureza! Infelizmente a lógica do mercado invadiu a mente dos cristãos, e a começar pelos líderes da adoração da igreja, que regem inclusive o que a igreja canta, pensa e crê!
O sociólogo alemão Rudolf Otto afirmou que, embora a verdadeira religião comece com um conhecimento racional de Deus, ela nunca deve parar ali. O final da verdadeira adoração, ele diz, é um sentimento de “espanto místico” na presença de Deus. Aliar “poder e palavra”, “místico e racional”, “espírito e verdade”, torna-se o grande desafio para evitarmos a tragédia de uma adoração desequilibrada.
Tenho concordado há muito tempo com o que sentencia Danilo Raphael. Em um dos seus artigos ele diz que, hoje em dia, o liberalismo teológico tem sido responsável por uma visão do cristianismo apenas racional, e não do coração e da fé simples. O liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem.
Por isso que tenho que resgatar uma história contada por Martin Lloyd Jones, sobre uma espírita bem conhecida em Londres, que se converteu a Cristo depois de assistir ao culto da Capela de Westminster: “No momento que entrei em sua capela e me sentei entre as pessoas, tive consciência de um poder sobrenatural”, lembrou-se a mulher. “Eu tive consciência da mesma espécie de poder sobrenatural que eu estava acostumada a sentir em nossas reuniões espíritas, mas havia uma grande diferença: eu sentia que o poder na capela era limpo”.
Precisamos de um avivamento que renove o poder na pregaçãoO Espírito Santo, quando encontra espaço para a sua atuação, logo produz um amor pela pregação expositiva. É estranho que o movimento de crescimento da igreja tenha tantas reservas com a mensagem expositiva.
David Eby, pastor presbiteriano nos Estados Unidos, vem estudando estudos sobre crescimento de igrejas  desde 1972, e o que o surpreende é que o assunto “pregação” é muito pouco citado. Essa omissão é preocupante. Por que será que os teóricos de métodos que visam justamente a saúde da igreja local não cuidam de tratar o tema da pregação? 2
Eu tenho um palpite a respeito disso: os teóricos não tratam da pregação porque na raiz do pensamento dos lideres interessados apenas no crescimento numérico não cabe uma ênfase a respeito de temas espinhosos das Escrituras, como depravação total, eleição, graça irresistível, expiação particular e perseverança dos salvos. Eles preferem falar de assuntos amenos como vitória sobre a depressão, a ansiedade, o medo... dentre outros. Ao expor as Escrituras corre-se o risco de encontrar algum assunto que condene essa postura que poderia até ser legítima, mas ao ser tratada como matéria central torna-se materialista e por demais terrena.
Michael Green faz um protesto nesse sentido: “O padrão da pregação no mundo moderno é deplorável. Há poucos grandes pregadores. Muitos ministros parecem não mais acreditar nela como uma poderosa forma de proclamar o evangelho e mudar a vida. Esta é a era do sermãozinho: e sermõezinhos fazem cristãozinhos”. A Palavra de Deus traz poder à comunicação do evangelho que visa a libertação de homens e mulheres das amarras do pecado e do domínio do inferno. Não se pode desprezar a verdade de que Deus revelou sua Palavra para ser comunicada em sua plena complexidade, e não escolhendo um versículo ou outro para satisfazer algum capricho ou curiosidade dos fiéis.
Fico a pensar que precisamos de um avivamento que faça o povo de Deus mergulhar nas Escrituras sem pré-conceitos, sem ter estabelecido qualquer tipo de pensamento anterior. Trata-se de um mergulho desinteressado, apenas com o fim de buscar comunhão com o próprio Deus. Lutero disse que Deus deixou a sua Palavra em três esferas: criação, encarnação (Jesus) e Escritura (Bíblia). Não podemos desprezar um Deus que se interessou tanto em se comunicar que se exibiu a nós em formas tão esplêndidas e ricas, de um profundo significado.
A pregação bíblica precisa retomar o seu lugar de honra entre todas as partes do culto cristão. Eu fui seminarista do falecido pastor Licinio Taylor, que dizia antes de qualquer pregador assumir a palavra: “Vamos agora à parte mais importante do culto”. De inicio eu questionava esta frase, e até mesmo tinha meus argumentos. Mas a pratica me ensinou de que de fato essa frase confere com o ensino bíblico. A pregação do evangelho através da proclamação é o meio de Deus tocar os corações das pessoas.
E o conceito fica: temos de ser bíblicos e simples. A grande riqueza de uma equipe de adoração na igreja são pessoas que se dedicam a apresentar ao Senhor um sacrifício de louvor com base na humildade e no espírito de entrega. São ministros de Deus no sentido da palavra grega uperethas, isto é “remadores de terceira categoria”, que não ditam o rumo da igreja, apenas apressam o seu ritmo.
Entendo que um avivamento caminha por esta ênfase: uma igreja que não adore apenas com o cérebro, mas também não apenas com o coração, mas sim “em Espírito e em Verdade”, levando a sério um renovado poder pela pregação.
Não podemos mais ficar reféns de uma mensagem puramente temática, indo ao encontro das carências de nosso auditório, pura e simplesmente. Ao fazermos isso, seremos escravos daquilo que posso chamar de “mensagem sensível ao incrédulo”. Toda pregação evangélica precisa ter como alvo central alcançar o coração do pecador, crendo que somente o Espírito Santo poderá espedaçá-lo.
Os puritanos pensavam nisso quando diziam que quando se começa a aplicação, o sermão começa. Em outras palavras, o clímax da mensagem está no apelo, que pode ser feito por perguntas, ao coração do homem, que deve ser considerado como escravo do pecado – e já de antemão é importante salientar que ele não está confortável nesse papel. Por ele mesmo, não há desejo de mudanças alguma!
Com isso, deve haver uma mudança radical no modo como preparamos nossas mensagens, tudo isso, para não focarmos por demais na exposição, pensando em sermos apenas “expositivos”, como se o sermão fosse uma aula de exegese, esquecendo-nos da aplicação, que é o fogo acesso no coração do pregador, que incendeia como fogo em lenho seco o coração do pecador!
E, para se ter essa sensibilidade aplicativa, somente com uma vida rendida ao Senhor em oração. Whitefield acordava cedo, as quatro horas da manhã, e dormia às dez horas da noite. Muitas vezes ele se levantava à noite da cama para orar. Portanto, a oração precisa fazer parte da vida de quem se coloca a disposição para falar de Deus. A. W. Tozer já nos aconselhava que não devemos ouvir alguém que antes não tenha ouvido a Deus!
Maranatha! Ora vem, Senhor Jesus!

Parábola do rico e Lázaro



(Lc 16:19-31)

Esta parábola extremamente sé­ria nasceu da zombaria dos fariseus com relação ao ensinamento da pa­rábola que tinham ouvido dos lábios de Jesus (Lc 16:14). Aqueles líderes religiosos possuíam uma vida de luxo, e viviam no amor ao dinheiro e nos prazeres que a riqueza podia comprar. No entanto, zombaram do conselho sobre a melhor maneira de usar os bens materiais em benefício de outras pessoas, de tal forma que conquistassem recompensas eter­nas. O seu dinheiro lhes pertencia e eles não queriam algum conselho de Jesus sobre como usá-lo corretamen­te. Surgiu então essa parábola, a qual ensina sobre o terrível fim da­queles que vivem apenas para satisfazer os seus próprios desejos, peca­minosos e egoístas. Os "bens" (Lc 16:25) que lhes pertenciam seriam muito aproveitáveis no mundo, mas a confiança foi traída e o resultado de uma vida, da qual eles abusaram, levou-os ao inferno.
Inicialmente notamos, como diz Sell, que "esta parábola não deseja­va, como objetivo primário, enfatizar as terríveis conseqüências pelo abu­so das riquezas e, pela atitude sem coração, do desprezo aos pobres, mas declarar que os homens não podem organizar e harmonizar, obedecen­do aos seus próprios interesses, a reverência a Deus que professam ter e o amor que possuem em satisfazer os seus próprios prazeres; que os valores externos não são indicado­res infalíveis quanto ao caráter; que os critérios de avaliação de Deus são justos e (talvez o mais importante de tudo); que os hábitos, cultivados por muito tempo, acabam fixando o ca­ráter, para bem ou mal, no tempo e na eternidade".
Há alguns escritores que não con­sideram essa narrativa, peculiar a Lucas, uma parábola. Sustentam que não é chamada "parábola", pois apresenta nomes. Nunca são dados nomes em todas as outras parábolas de nosso Senhor. Ele não tinha o cos­tume de inserir nomes em seu ensi­no parabólico. O rico e Lázaro eram personagens reais; possivelmente Cristo os conhecia, e a sua história, nesse mundo e no porvir, é solene­mente localizada por Jesus com o ob­jetivo do proveito moral dos homens em todos os lugares. Abraão, Moisés e o Hades são realidades, não figuras de linguagem. Mas se a narrativa era uma história real, por outro lado os fatos são apresentados em forma sim­bólica e os "símbolos são as sombras projetadas das realidades".
Antes de examinarmos a série de grandes contrastes e suas aplicações, devemos afirmar que o rico não foi para o inferno porque era rico, e nem Lázaro foi para o seio de Abraão por­que era pobre. Há multidões de pes­soas no céu que uma vez foram ri­cas, exatamente como há miríades de pessoas no inferno, que uma vez foram pobres. Nem abundância nem pobreza determinam a condição eter­na de ninguém. Somente o nosso re­lacionamento com Jesus decide a nossa felicidade ou aflição eternas.

O contraste na vida. Que extre­mos na vida social o nosso Senhor apresenta nessa parábola! O "certo homem rico" é conhecido como divas, o termo em latim para "rico". A tra­dição lhe deu o nome de Ninevis, e o seu contraste com Lázaro é o ponto central da narrativa. Esse homem sem nome, até onde a Bíblia fala dele, era rico, pois pertencia a uma família abastada. Não há dúvida de que os seus cinco irmãos, tão ricos quanto ele, formavam todos um dos grupos de magnatas mais ricos das redondezas. Por causa de suas rique­zas, o rico podia vestir-se do melhor que havia, e comer e beber com mui­ta fartura todos os dias.
Embora o rico e sua família fos­sem ímpios, afastados de Deus, nada é dito sobre ele ser totalmente de­pravado. Ele não é apresentado como o culpado de algum pecado notório, ou um monstro da sociedade. Ele não é colocado diante de nós como um ti­rano ou um opressor dos pobres. Se fosse notoriamente egoísta ou sem caridade, jamais teria permitido a Lázaro que ficasse à sua porta, dia após dia, pedindo esmolas. Sem dú­vida ele vivia uma vida luxuosa e cuidava de si mesmo, mas não é con­denado por causa de sua riqueza. Ele foi para o inferno porque não perce­beu que Deus o havia feito o seu pro­curador, com riquezas e influência que poderiam ser usadas para a gló­ria do Todo-Poderoso e o benefício es­piritual e material do seu próximo.
Portanto foi a sua perversidade e não a sua riqueza que lhe trouxe o sofri­mento eterno. O seu egoísmo, não o seu apetite pelas coisas carnais (ne­nhum ato notório de malignidade, mas por deixar de ter Deus como o centro de toda a sua vida), foi que o fez ficar debaixo da condenação da­quele a quem ele devia tudo o que possuía. Não há vícios ou crimes lan­çados em sua conta. O seu pecado foi que ele só vivia para o presente.
Falando agora de Lázaro, ele é notório por ser essa a única vez que Jesus dá um nome a uma persona­gem de sua parábola. Porém, uma parábola pode conter um nome pró­prio (Ez 23:4). Ele podia ser realmen­te um mendigo que Jesus, os discí­pulos e os fariseus conhecessem, mas o significado do seu nome sugere que o objetivo em mencioná-lo foi simbo­lizar a miséria externa de alguém que não tinha qualquer outro auxí­lio senão Deus. Lázaro significa "Deus tem ajudado", ou "Deus é aquele que ajuda". A palavra men­digo traz em si a idéia de pobreza, mais do que de mendigar. Em con­traste com o rico, ele era pobre e nada possuía: o rico se vestia de púr-pura e linho fino, e o mendigo com trapos; o rico vivia numa mansão imponente, e o mendigo fora coloca­do à porta daquele casarão, por ami­gos que se condoeram dele; o rico ti­nha um corpo sadio e bem alimenta­do, e o mendigo estava cheio de cha­gas; o rico vivia suntuosamente todos os dias, e o mendigo vivia das miga­lhas que caíam de sua mesa; o rico tinha médicos que cuidavam dele, e os cães lambiam as chagas de Lázaro.
Contudo o mérito de Lázaro não estava no triste fato de ser pobre, incapaz e doente. Um mendigo pode ser tão vil e sujo no coração quanto no corpo. Não, o pensamento precio­so é que enquanto jazia à porta do rico, contemplando com olhos famin­tos as migalhas que lhe traziam, ele aprendeu a estar contente. Como fi­lho de Abraão, ele achou em Deus o seu auxílio. Como um pensionista, dependendo da generosidade divina, ele sabia que o seu pão e a sua água estavam garantidos. No final, ele foi para o Paraíso, não porque era po­bre e doente; mas porque, apesar de sua condição lamentável, ele havia servido a Deus, e encontrado cons­tante auxílio nele. Resta-nos o mis­tério por que foi permitido que um homem bom como Lázaro ficasse tão privado de bens materiais e doente. Se Deus era o seu auxílio, por que ele não foi aliviado de sua miséria? E também por que foi permitido a uma pessoa tão egocêntrica e egoísta, como o rico, que possuísse tamanha rique­za? Essas perguntas não foram res­pondidas por Jesus, que na parábola procurou focalizar a atenção de seus ouvintes sobre a séria lição de que a vida a qual vivemos na terra deter­mina nossa condição eterna.
O contraste na morte. Os dois homens que Jesus apresentou foram tão opostos na morte, quanto tinham sido na vida. Como a morte do men­digo vem primeiro na narrativa, pen­semos primeiro nela. Tudo o que Je­sus disse sobre ele foi: "Morreu o mendigo". Nada é dito sobre o seu funeral. Tão pobre, não tinha condi­ções de deixar algo que pudesse pa­gar um sepultamento decente. Ele teve um funeral ou o seu cadáver doente e magro foi lançado rude e insensivelmente pelos funcionários públicos no campo do oleiro? Nas palavras do hino inglês eles:

Sacudiram os seus ossos
Sobre as pedras;
Ele é apenas um pobre
Que não pertence a ninguém.

Campbell Morgan diz que os mendigos do tipo de Lázaro não eram sepultados. "Quase que inevitavelmente as pessoas apanhavam o corpo desconhecido, sujo, e o car­regavam apressadamente, no início do amanhecer até chegarem a Tofete, Geena, o monte de lixo e refugo que ardiam em fogo, onde o lançavam. Essa era uma realidade conhecida na época, e o próprio fato de que não somos informados sobre Lázaro ter sido sepultado, nos leva a crer que este foi o seu fim". Mas, embora o seu corpo tenha tido um fim desonroso, os anjos vieram e o leva­ram ao Paraíso. Aqueles guardiões angelicais dos justos escoltaram o espírito de Lázaro ao mundo da fe­licidade, pois sabiam o caminho para lá.
Mas com o rico foi diferente. Ele faleceu, como todos têm de morrer, sejam ricos ou pobres, mas "foi se­pultado" e, sem dúvida alguma, teve um funeral imponente, com pranteadores alugados, e todo o es­plendor de aflição que ele tinha con­dições de pagar. No entanto, embo­ra o seu corpo fosse transportado para um túmulo ornamentado com todas as honras devidas, a sua alma estava solitária, quando partiu da terra. Não apareceu uma escolta de anjos para acompanhá-lo às regiões onde estão os abençoados. Ele foi di­retamente para o inferno, a fim de ali suportar o tormento. Para ele, mesmo sendo judeu, não havia uma plenitude de felicidade angelical, um lugar de descanso no seio de Abraão. Todo o esplendor ostensivo do rico não lhe pôde comprar o cavaleiro do cavalo branco, nem assegurar-lhe a felicidade eterna, dalém túmulo. Em sua morte, o rico era mais paupérri­mo do que Lázaro jamais fora. Ele foi para a eternidade, nu, despojado de tudo o que tinha possuído e com a terrível conscientização de que ja­mais possuiria uma herança eterna. Como seria diferente se Deus, e não o ouro, estivesse em primeiro lugar em sua vida!
O contraste na eternidade. Ao vir da eternidade, não havia alguém mais capaz do que o Filho Eterno para abrir o véu que separa o mun­do material do invisível. Com conhe­cimento divino, ele podia falar com autoridade sobre a vida futura. O que então estava implícito em seu uso da figura de linguagem judaica, Hades, que é o termo grego para "in­ferno"? O vocábulo significava o lu­gar dos espíritos que partiram, o mundo não visto dos mortos, tanto bons quanto maus. Esse reino, úni­co e grande, era dividido em duas esferas —o seio de Abraão, ou Para­íso para os justos; e o "inferno", a morada dos injustos. Quando Cristo ressuscitou, procedente do Paraíso e subiu às alturas, levou cativo o ca­tiveiro, o que significa que esvaziou aquele lugar e levou consigo todos os prisioneiros, que viviam na espe­rança, para a casa do Pai. Agora, quando um crente morre —ausente do corpo, ele está presente com o Senhor!
A outra esfera, o Hades —infer­no— permanece e é a morada tem­porária das almas perdidas. Todavia o inferno dará lugar ao Lago de Fogo que será o depositário final de todos os que morreram sem Cristo (Ap 20:14). Estar no "seio de Abraão" sig­nifica encontrar-se perto do santo patriarca, a fim de compartilhar o seu estado de bênçãos. Como um fi­lho de Abraão, Lázaro agora desfru­ta de estar próximo dele como co-herdeiro e companheiro. O rico o con­siderara um rejeitado de Deus, mas no mundo invisível ele é altamente honrado como amigo do pai da fé, a quem Deus chamou de seu "amigo".
O que não se pode negar quando lemos a descrição de nosso Senhor, da vida além, é que seja um estado de existência consciente com o uso contínuo de nossas faculdades. Para Lázaro, o Paraíso era um lugar e um estado de alegria extrema e de comunhão celestial. Para o rico, o in­ferno era o lugar e a condição de re­morso, sofrimento e aflição. Eviden­temente, no Hades, como existia na época em que Jesus proferiu esta pa­rábola, as duas esferas divididas es­tavam próximas uma da outra, por­que o rico podia ver Abraão ao longe e Lázaro perto dele, ao seu lado.
O contraste entre as duas almas que partiram foi dado por Jesus, quando disse que Lázaro "é consola­do e o rico atormentado". A palavra para confortar é parakaleo, da qual temos paracleto, a designação usada para o Espírito Santo, o con-fortador divino. A palavra significa "chamar para perto", e Lázaro fora chamado para perto de Abraão e de Deus, em quem ele confiara. O rico, atormen­tado, suplicou a Abraão que mandas­se Lázaro aliviar a sua angústia. Isso significa que além do espaço vazio, o qual divide os dois lugares, as vozes podiam ser ouvidas distintamente. Com perfeita inteligência espiritual, Abraão sabia tudo sobre a prosperi­dade do rico, como sobre a miséria de Lázaro, e disse ao primeiro que se lembrasse do passado. E aquela lem­brança constituía o seu inferno e era a chama que o atormentava. O nosso Senhor então prosseguiu e disse que o seio de Abraão era um exemplo que denotava a impossibilidade das almas perdidas irem para o céu, ou dos sal­vos visitarem o inferno. O espaço va­zio é intransponível.
Consciente de sua condenação o rico pediu que Lázaro fosse libera­do por algum tempo, para atuar como evangelista junto aos seus cinco irmãos, que estavam a cami­nho do mesmo lugar de tormento. Ele não suportava a idéia de esta­rem juntos novamente, no inferno. Mas Lázaro, que uma vez fora men­digo, agora companheiro de Abraão, não seria bem-sucedido. Mais tarde outro Lázaro ressusci­tou dentre os mortos. Que efeito a sua ressurreição teve sobre os fariseus ricos e contentes consigo mesmos? Tentaram matá-lo. Por fim Jesus morreu e reviveu, e com que resultado? Aquelas mesmas pessoas não mudaram a sua atitu­de com relação a Cristo, como fi­cou provado pelo seu esforço em matar todos os que o seguiam.
"Têm Moisés e os profetas", que os seus irmãos os ouçam. Nada es­petacular ou milagroso pode causar qualquer efeito sobre as vidas huma­nas, se não crerem em Jesus e obe­decerem à Palavra de Deus. Não te­mos qualquer luz, além da revela­ção divina. O rico pensava que algo sensacional poderia constituir-se num apelo à consciência dos seus cin­co irmãos perdidos. Mas nada, além da revelação dada nas Escrituras do AT, poderia evitar que viessem a di­vidir com o seu irmão a mesma con­denação. Se as parábolas de Lucas 15 falam da misericórdia e compai­xão de Deus com relação ao arrepen­dido, essa que acabamos de analisar apresenta, de forma muito clara, a justiça e a justa indignação com re­lação aos que morreram sem arre­pendimento (Rm 1:18). As grandes lições que ficaram para nós deveri­am ser seriamente consideradas por todos:

O homem não pode servir a dois senhores. Se ele ganha o mundo e perde a sua alma, a sua perda será eterna.
A escolha feita na terra determi­na a vida futura; e essa escolha é definitiva. A sepultura não pode fa­zer qualquer milagre para mudar isso.
A personalidade continua no fu­turo —sentimentos, conhecimento, visão, raciocínio e memória. Essas faculdades nos auxiliarão na nossa felicidade, ou acrescentarão mais dor ao nosso tormento?
O céu e o inferno são reais, e o nosso destino eterno não depende de riqueza ou pobreza, mas do nosso relacionamento com Jesus Cristo, que veio como profetizado por Moisés e pelos homens de Deus como o Sal­vador do mundo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Igreja De Salomão!

Creio que Salomão representa o espírito e a natureza da moderna igreja laodiceiana dos últimos dias. E esta igreja -- aqui nos Estados Unidos e através de todo o mundo -- caminha para a mesma ruína que Salomão enfrentou!
As Escrituras nos dizem:
“Salomão, filho de Davi, fortaleceu-se no seu reino, e o Senhor, seu Deus, era com ele e o engrandeceu sobremaneira.”  (2 Cr. 1:1)
A igreja de Jesus Cristo de hoje tem sido fortalecida e abençoada poderosamente por Deus. Provisões têm sido dadas para esforços de todo tipo. Considere os grandes e belos edifícios que estão sendo construídos. Uma enorme igreja pentecostal foi recentemente construída a um custo de US$ 28 milhões. Há outros complexos eclesiásticos valendo US$ 40-50 milhões.
Considere também as grandes bênçãos financeiras da igreja. Milhões são gastos no televangelismo, livros, gravações e fitas, missões, instituições, faculdades e ministérios para-eclesiásticos de todos os tipos. Pense nas gigantescas convenções, nos seminários bem freqüentados, na pompa e cerimoniais que acompanham os cultos e programas das mega-igrejas.
Quando todos estes trabalhos se iniciaram, cada um deles possuía algo da unção de Deus. Na verdade, a maioria se iniciou com as mesmas bênçãos que Deus derramou sobre Salomão. Pense nisto: Salomão era bem organizado. Era muito mais educado que seu pai, Davi. E ele fez tudo maior e melhor do que qualquer outra geração anterior jamais poderia ter concebido. A capacidade de organização de Salomão era tão grande - sua pompa e cerimônia tão lindas e de tirar o fôlego - que quando a Rainha de Sabá o observou simplesmente adentrando o templo, quase chegou a desmaiar pela visão.
Contudo, a energia propulsora por trás de Salomão era a sabedoria e o conhecimento. Este era o seu apelo a Deus:
“Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que eu saiba conduzir-me à testa deste povo; pois quem poderia julgar a este grande povo?” (v. 10)
Esta não é uma oração maravilhosa? Soa tão bem, e Deus ficou satisfeito que ele não tenha solicitado um ganho egoísta. Porém, há um problema: ela é totalmente centralizada no homem! Este talentoso e auto-confiante rei estava dizendo na realidade: “Simplesmente ceda-me as ferramentas, Deus, e eu farei a obra. Dê-me a sabedoria e o conhecimento e eu resolvo tudo no meio deste povo. Executarei a obra completa!”
A oração de Salomão não era a oração de seu pai, Davi, um homem que era segundo o coração de Deus. Não, a prece de Salomão era a prece de uma nova geração - um povo educado com novas idéias e talentos. E seu brado era: “Preciso de sabedoria e conhecimento!”

Nós Nos Transformamos Na Igreja
Do Disquete Lento!

A força propulsora por trás da igreja moderna de Laodicéia é a sabedoria e o conhecimento. Quantos rios de informação fluem através desta igreja dos últimos dias: computadores com incontáveis megabytes, Bíblias computadorizadas, comentários computadorizados, programas de informática para filosofia, aconselhamento e levantamento de fundos, cuidados com a infância. Só é necessário introduzir um disquete em seu computador, apertar um botão, e as respostas brotam na sua frente.
Eu não sou contra computadores e programas de informática. O nosso próprio ministério não funcionaria bem sem eles. Mas me divirto com todos os jovens ministros que gastam muito de seu tempo socando os teclados e utilizando faxes que cospem resquícios de informações, idéias, trabalho em rede com computadores e estratégias. Eles pregam um evangelho computadorizado - contudo tão poucas pessoas são salvas ou libertas através deles.
Há hoje uma insaciável sede de informação, sabedoria e conhecimento como nunca antes. Nunca houve tantos seminários e convenções de ensino massivo. Telões são necessários simplesmente para mostrar qual é o orador sobre um palco distante. E a seguir, as pessoas se agrupam junto às mesas de vendas para adquirir fitas no valor de centenas de dólares.
A ênfase é em mais materiais, mais informação, mais sabedoria. A idéia é a seguinte: “Se simplesmente tivermos mais conhecimento sobre estes assuntos - livros, seminários e ensino suficientes - cumpriremos nossa obra. Dê-nos simplesmente os materiais, Deus, e evangelizaremos o mundo!”
Recentemente ouvi o líder de uma organização de jovens dizer: “Se eu tivesse US$100 milhões, poderia ganhar o mundo!”. Ele estava atravessando o país tentando levantar esta quantia. Estava dizendo, em essência: “Se nós simplesmente possuirmos dinheiro, conhecimento, informática e estratégia, poderemos evangelizar o mundo inteiro para Deus!”
Amados, nunca realizaremos nada para Deus apenas pela sabedoria, não importa quão importante e necessária ela seja. Sua Palavra diz:
“Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem...” (I Cor. 1:21)
Todos os verdadeiros tesouros da sabedoria e conhecimento estão escondidos em Jesus Cristo.
“em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Col. 2:3)
Contudo o evangelho de Salomão era diferente. A respeito de Salomão foi dito:
“Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu sobre todas as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes” (I Reis 4:32-33).
Este foi o evangelho de Salomão - três mil curtos e pequenos sermões de conhecimento prático e sabedoria! Criou novos cânticos, histórias maravilhosas, grandes aplicações da verdade sobre a natureza e o comportamento humanos. Pode-se ler muitas de suas palavras de sabedoria em todo o livro de Provérbios. Ele ofereceu instruções práticas quanto ao casamento e à educação de filhos. Trouxe indicações claras em relação a como enfrentar situações, como se comportar, como ser abençoado. E todos amaram a sua pregação. Ela era tão concisa, tão direta ao ponto.
Mas, amados, a menos que o Espírito de Deus unja a pregação ou o ensino, estes permanecerão mortos. Transformar-se-ão em letra morta a menos que o Espírito os inflame!
No fim, Salomão trouxe uma mensagem absolutamente sem poder - porque ele não tinha poder para praticar aquilo que pregava! Ele entregou-se à mulheres estranhas. Criou filhos perversos, incluindo um diabo que o sucedeu no trono. Na verdade, Salomão acabou como um idólatra decrépito e angustiado, gastando seus dias em uma sensual fossa de imoralidade. E sua geração inteira se transformou em um grupo de desqualificados procuradores de prostitutas - a despeito de toda a sua sabedoria, ensino e três mil provérbios!
Agora, não pense por um minuto que esta moderna igreja de Laodicéia, “amigável com o pecador” não tenha uma pregação boa, introspectiva, séria. Os sermões desta igreja dos últimos dias são concisos, homileticamente corretos, centrados no como enfrentar os problemas da vida. Em sua maioria são mensagens de quinze minutos, ilustrados com pontos claros e revestidos de muita verdade.
Contudo tudo isto não está produzindo vida! O divórcio ainda está em crescimento, mesmo entre os pastores. A fornicação e a infidelidade são lugar comum. Adolescentes fumam, bebem e dormem fora. As vidas das pessoas não estão sendo transformadas. Por quê? É porque o conhecimento em si não é capaz de salvar ou transformar alguém - incluindo aqueles que o pregam!
Os cultos de uma igreja podem ser bem organizados, com música excelente, nova e contemporânea. O coral pode cantar mil canções novas. O pastor pode condenar o pecado e indicar claramente o caminho certo. Mas sem o Espírito Santo, tudo isto se transforma em letra que mata!
Salomão tinha uma cabeça cheia de sabedoria e uma boca cheia de cânticos. Ele podia pregar e ensinar com habilidade incríveis. Possuía uma operação bem organizada, com líderes talentosos. Tudo em relação à sua igreja parecia ser decente e estar em ordem. Mas tudo que Salomão fez acabou em Eclesiastes, com a frase : “Tudo é vaidade e desespero!”
A igreja de Salomão tem todas as respostas. Parece ótima por fora. Mas é completamente desprovida de vida ! E acaba em vaidade, idolatria, sensualidade, vazio e desespero.

Compare A Igreja De Salomão Com A
Igreja De Sião Pertencente A Davi!

A força motivadora por trás da igreja de Davi era a total dependência sobre o Espírito Santo. Aqui está o que distinguia Davi:
“Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi...” (I Sam. 16:13).
Quando Davi estava sobre seu leito de morte, ele disse a seu filho Salomão: “Quero lhe dizer porque Deus me abençoou. Quero que você saiba o segredo do meu ministério - porque o reino está em paz e porque Deus ficou comigo em toda parte onde estive.” Ouça as últimas palavras de Davi para com seu filho: “O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua” (2 Sam. 23:2).
Davi estava dizendo: “Não confiei no meu conhecimento e sabedoria. Não confiei em nada da minha carne. Eu fui um homem fraco - mas dependi do Espírito Santo! Cada palavra que falei foi sob Sua unção. Suas palavras encheram a minha boca!”
Há trinta e cinco anos atrás, quando abrimos as portas de nosso ministério à Avenida Clinton, 416, para viciados em drogas e alcoólatras aqui na cidade de Nova Iorque, o nosso lema era: “ O Espírito Santo é Quem manda aqui!”. Veja, não foi uma pregação do tipo “como enfrentar” que salvou membros de quadrilhas como Nicky Cruz e Israel. Eles não dobraram-se sobre seus joelhos por que pregáramos sermões concisos, enérgicos. Eles não se convenceram devido à ilustrações feitas e histórias da natureza. Não - estes antigos viciados em drogas testificaram a seus amigos: “Também já vivi nas ruas, como vocês. Mas olhem para mim agora! O Espírito de Deus me transformou!”
Foi o poder e a demonstração do Espírito Santo que fizeram com que Nicky e Israel ajoelhassem-se diante de Deus. O Espírito veio - e aqueles criminosos endurecidos prostraram-se sobre seus rostos e clamaram a Deus por misericórdia!
Salomão falou de árvores, hissopos, animais, coisas que rastejam, peixes. Mas Davi falou da intimidade com o Senhor, do quebrantamento e contrição. Falou da “Rocha” que é Cristo. E Davi era persuadido e transformado por sua própria pregação. Ele valorizava tanto a presença do Espírito Santo em sua vida, que pediu ao Senhor que nunca tirasse de si o Seu Espírito. Davi sabia que ele não era nada sem o Espírito Santo!
Na igreja de Salomão, contudo, o pregador meramente reúne informações bíblicas, verdadeiras, e cria um sermão a partir disto. Aí, ele o lança sobre a congregação e diz a si próprio: “É a Palavra - é obrigatório que ela tenha impacto. Ela deve causar crescimento e mudança em meus ouvintes, porque é a poderosa Palavra de Deus.”
Não é assim! Você pode lançar o quanto da Palavra que você quiser - sermão após sermão, ensino sobre ensino, sabedoria e conhecimento em abundância . Mas se não há unção do Espírito Santo, ela é uma palavra morta! Se um pregador não gasta tempo prostrando-se sobre o seu rosto diante de Deus, ele não terá o fogo de Deus em sua alma. E não haverá unção do Espírito Santo em sua palavra, não importa o quão sábias e intelectuais elas soem. Elas simplesmente não produzirão vida!
Paulo disse:
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana e sim no poder de Deus.” (I Cor. 2:4-5).
“...falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito... Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (vs. 13-14).
Você nunca deveria ir à igreja sem orar: “Deus, conceda-me os ouvidos do Espírito Santo para ouvir. Ajude-me a ouvir, compreender e aplicar Tua Palavra à minha vida!” Você necessita ter audição com ouvidos do Espírito Santo, assim como o pastor necessita ter uma língua fluente do Espírito Santo!

Eis Como Diferenciar Uma Igreja Do
Espírito Santo Do Tipo De Davi, De Uma
Igreja De Laodicéia, Do Tipo De Salomão!

Em uma igreja do Espírito Santo, sempre se ouvirá um clamor visceral de arrependimento. Em verdade, você não será uma pessoa do Espírito Santo, até que possa “expelir da intimidade do seu interior” a você próprio. E isso é algo que Salomão nunca fez!
Nunca lemos de Salomão esvaziando-se diante de Deus. Em vez disto, na dedicação do templo, ele permaneceu ereto com mantos reais sobre si, e orou uma prece com graça, com majestade e altissonante. Tudo foi sincero, preciso e ordenado. Mas não foi um clamor visceral - e não penetrou nem mesmo em seu próprio coração!
Em sua oração, Salomão admoestou a congregação:
“Seja perfeito o vosso coração para com o Senhor, nosso Deus, para andardes nos seus estatutos e guardardes os seus mandamentos, como hoje o fazeis” (I Re. 8:61).
Salomão conhecia os estatutos sobre os quais falou. Dentre eles, estavam estes avisos em Deuteronômio para todo rei de Israel:
  • “Porém este não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos.”
  • “Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie.”
  • “Nem multiplicará muito para si prata ou ouro.” (Deuter. 17:16-17).
Eram estatutos muito claros e diretos. Contudo Salomão violou os três, imediatamente após ter se tornado rei!
  • “Os cavalos de Salomão vinham do Egito...” (I Re. 10:28).
  • “Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias... A estas se apegou Salomão pelo amor” (11:1-2).
  • “Fez o rei que, em Jerusalém, houvesse prata como pedras...” (10:27). “Assim, o rei Salomão excedeu a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria” (2 Cron. 9:22).
A oração de Salomão para um perfeito andar diante de Deus não teve efeito sobre sua própria vida - porque ele não tinha convencimento de pecado em seu coração:
“Assim, fez Salomão o que era mau perante o Senhor e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai” (I Re. 11:6).
Onde não há pregação ungida pelo Espírito Santo, não há convencimento do pecado - não há busca plena pelo Senhor!
Salomão pecou sem remorso mesmo enquanto pregava contra o pecado. Ele podia ler nas Escrituras que não deveria descer ao Egito para adquirir cavalos - e aí imediatamente, iniciava negociações para comprar mil novos cavalos e carruagens. Ele podia ouvir um profeta pregar que o rei não deveria multiplicar esposas para si próprio - e contudo, imediatamente saía para inspecionar um harém para possíveis futuras esposas.
Salomão não mostrou provas de pesar, nenhum sinal de arrependimento. Ele podia abertamente entregar-se a todo este pecado grosseiro e à imoralidade, e mesmo assim voltar para a sua câmara e redigir um outro provérbio.
Contudo, compare a indiferença de Salomão em relação ao pecado, à dor e ao quebrantamento totais de Davi por haver pecado contra Deus. A igreja de Davi não era perfeita; na verdade era uma igreja corinta. Davi cometeu adultério. Matou um homem inocente. Caminhou por um período de terríveis enganos. Porém, após Davi ter pecado, ele exprimiu esta despedaçada súplica, vinda de seu mais íntimo ser: “Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos... Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito” (Salmo 51:2-4,11).
Davi posteriormente pecou outra vez por recensear o povo de Israel, algo que ele havia sido ordenado a não fazer. Ele havia acabado de derrotar todos os gigantes e os remanescentes de Gate. Ele havia expulsado os assírios, e toda a terra estava em paz. Naquele momento Davi deleitava-se em grande benção e vitória. E contudo foi enganado pelo diabo!
Davi ficou tão cego por seu pecado que nenhuma conversa poderia demovê-lo. Joabe, que havia visto o engano de Davi preveniu-o: “ Por que insistes em ir adiante com este pecado?” Mas Davi persistia, dizendo: “Quero saber quantos guerreiros eu possuo!”
Amados, é uma idéia compreensível que um servo justo, temente a Deus possa ser enganado pelo pecado! Davi viveu sob o erro por quase dez meses. Contudo, desta vez, nenhum profeta precisou vir a ele para lhe expor seu pecado. Foi o Espírito Santo quem o convenceu!
Logo após o recenseamento ter sido iniciado, Davi perdeu a coragem; ele nem chegou a terminar a contagem. Ele agora estava de cabelos brancos e velho, e havia se tornado sensível à voz do Espírito Santo. A Bíblia nos diz:
“Sentiu Davi bater-lhe o coração...” (2 Sam. 24:10).
O hebraico aqui sugere: “Ó Deus, estou ferido em meu coração por aquilo que fiz contra Ti!”
Esta é a marca da igreja do Espírito Santo, pertencente a Davi: um clamor inclinado segundo o coração! É claro, há pessoas nesta igreja que falham e vivem no engano. Mas como Davi, elas tornaram-se tão sensíveis à ação e ao movimento do Espírito Santo, que não precisam que um profeta sempre lhes diga que pecaram. Eles se arrependem antes mesmo que um profeta vá até eles - porque sentem-se feridos por seus pecados!
Davi disse a respeito do seu pecado:
“Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o Senhor, clamei a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos... do alto, me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas. Livrou-me do forte inimigo, dos que me aborreciam, porque eram mais poderosos do que eu” (2 Sam. 22:6-7; 17-18).

Eis Aqui O Trágico Fim Do Evangelho
Segundo Salomão!

Depois de tudo que Salomão escreveu e cantou, ele concluiu a sua vida com estas trágicas palavras:
“...todos os seus dias são dores, e o seu trabalho desgosto; até de noite não descansa o seu coração... Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho...” (Ecles. 2:23-24).
Salomão estava dizendo filosoficamente: “Você terá noites em claro. E não conseguirá fazer nada a respeito do seu desespero. Você não conseguirá mudar a sensação de que tudo é vaidade. Então o melhor que você pode fazer, é agarrar o máximo de prazer que puder, e espremer o que há de bom. Simplesmente aproveite a sua vida ao máximo!”
Foi assim que Salomão morreu. E este é o evangelho da era de Salomão, dos dias atuais. Tudo acaba em Eclesiastes, em vazio e desespero. Muitas pessoas terminam perguntando: “Para que serve a vida? Para onde vou? Quem sou eu?”
Contudo o evangelho de Davi diz:
“Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde. Deito-me e pego no sono...” (Salmo 3:4-5)
Se você possui o Espírito Santo, você conhecerá a voz de Deus e Ele conhecerá a sua. E você será capaz de dormir profundamente!
Agora atente para esta profecia do Novo Testamento:
“Cumpridas estas cousas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei” (Atos 15:16)
Deus levará a igreja de Salomão à ruina - e vai ressuscitar a igreja de Davi destas ruinas! Esta igreja remanescente possuirá uma piedosa dor pelo pecado. Ela vai clamar em angústia e arrependimento. E será totalmente dependente do Espírito Santo!
Dois anos antes da queda do ministério do PTL (nos EUA), o Espírito de Deus veio sobre mim e instruiu-me a escrever uma longa carta para Jim Bakker. Escrevi: “Em dois anos, cerca de 15 de março, o PTL estará morto.” Descrevi uma visão de esvaziamento - de ervas daninhas crescendo e morcegos fazendo ninhos nos edifícios.
Jim leu a carta e me telefonou, perguntando: “O que devo fazer?” Disse a ele para primeiro livrar-se de todos os homossexuais em seu ministério. Contudo, não muito tempo após essa conversa, Jim apareceu na televisão zombando de cada palavra que eu havia lhe dito. Dois anos após, bem no dia exato, a palavra do Senhor a respeito do PTL aconteceu - exatamente como Ele havia me dito.
Agora mesmo sinto em meu espírito que em menos de cinco anos, não haverá mais as assim chamadas redes evangélicas de televisão. Todas entrarão em bancarrota e ruina absoluta!
Ao ouvir o evangelho de Salomão que é pregado em muitas das TVs cristãs de hoje, você pensa que Jesus voltará à terra em Beverly Hills, e dirigindo um Rolls Royce. Esta imagem da cristandade é a coisa mais abominável que eu já vi ou ouvi. E Deus afirma que Ele tem de levá-la à ruina - porque Ele vai construir sobre aquelas ruinas a casa de Davi que é Sua!
A única coisa que sobrará serão alguns programas locais de televisão com verdadeiros homens de Deus pregando o evangelho. E todos os sorrisos falsos, todos os ímpios circos levantadores de fundos, toda a teologia populista, toda a pregação da prosperidade entrarão em queda.
A maioria dos chamados reavivamentos de hoje são meras estruturas de planilhas de resultados. Todas elas se queimarão nos caóticos dias à frente. Quais os cristãos que irão rir quando nossas cidades estiverem em chamas? Quem ficará atordoado e abobado quando a economia entrar em colapso?
A Bíblia fala a respeito dos judeus nos últimos dias:
“Naquele dia... E sobre a casa de Davi... derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito” (Zac. 12:9-10).
Bem agora, há judeus lamentando-se e chorando por seu Messias no Muro das Lamentações em Jerusalém. E há não muito tempo, cerca de 10.000 judeus Lubavitcher promoveram uma passeata em Brooklin (cidade de Nova Iorque) gritando: “Este é o ano do nosso Messias!” Suas mãos estavam levantadas, lágrimas desciam por suas faces e eles choravam e clamavam por seu Messias.
Quando penso nos 25 milhões de bebês que são abortados neste país e em todos os perdidos que vão para o inferno, eu não compreendo porque multidões de cristãos estão rindo. Por que estão milhões de judeus chorando, e por que há milhões de pecadores desesperançados, a um passo do inferno, buscando dormir, enquanto os carismáticos estão rindo? Quando chegar o reavivamento, a alegria será devida ao arrependimento e ao ajuntamento da última colheita de almas perdidas.
“ (Eu) ... reedificarei o tabernáculo caído de Davi...” (Atos 15:16).
Deus construirá a Sua igreja dos últimos dias sobre as ruinas. Isto significa que Ele precisa transformar em ruinas o mal que tem lugar em Sua igreja, e arrastar todas as abominações. E sobre estas ruinas Ele irá levantar uma igreja santa e arrependida, que emite brados de arrependimento.
Agradeço a Deus pela igreja de Davi que Ele está construindo bem agora, a partir dos montes de ruinas. Em verdade, muitos dos que lêem esta mensagem, provêm de antecedentes de ruinas. Prezado santo: se isto descreve você, então descanse com uma certeza - Deus vai usá-lo para construir a Sua igreja de Davi!
Se você possui um esmagador problema de pecado, não vá atrás de um livro ou de uma fita que supõe-se esteja cheia de sabedoria e conhecimento. Em vez disso, prostre-se sobre sua face e acerte-o com Deus! Seja um cristão do Espírito Santo, do tipo de Davi e clame ao Senhor com todo o seu coração. Ele está edificando a Sua igreja sobre os seus clamores pessoais. Aleluia!

Um Pentecostes Sem Cristo!

Cristo se transformou em um estranho em nosso meio?
O que vem a seguir se trata de um aviso profético proveniente da rua Azusa há 75 anos atrás, em relação aos perigos de um Pentecostes sem Cristo!
Frank Bartleman foi uma testemunha ocular do derramamento do Espírito Santo em 1907 na rua Azusa, em Los Angeles. Foi considerado o "Repórter do Reavivamento da rua Azusa". Há quase 75 anos atrás, durante o derramamento, ele escreveu um folheto prevenindo quanto a um Pentecostes sem Cristo.
Ele avisou: "Não devemos possuir uma doutrina, ou buscar uma experiência, com exceção de Cristo. Muitos estão querendo buscar poder a fim de realizar milagres, buscar atenção e aplauso das pessoas para si, roubando dessa maneira, a glória pertencente a Cristo, fazendo uma bela exibição na carne. Esta necessidade parece ser maior quando se aplica aos verdadeiros seguidores do manso e humilde Jesus. O entusiasmo religioso facilmente não dá em nada. Desta maneira o espírito humano supera este espírito religioso, que se exibe. Mas necessitamos nos prender ao nosso texto: Cristo".
"Qualquer obra que exalte o Espírito Santo ou os ‘dons’ acima de Jesus, no fim acaba em fanatismo. Tudo aquilo que nos leva a exaltar e a amar Jesus é bom e seguro. O oposto leva à ruina. O Espírito Santo é uma grande luz, porém sempre focaliza Jesus para a Sua revelação."
"Em qualquer lugar onde o Espírito Santo está efetivamente no controle, Jesus é proclamado o Cabeça; o Espírito Santo, o Seu gerente."
Em outro local, o irmão Bartleman previne: "A tentação parece caminhar em favor de manifestações vazias. Isto não requer nenhuma cruz em particular, nem que se morra para si próprio. Daí o porque de ser tão popular." "Não devemos colocar o poder, os dons, o Espírito Santo, na realidade nada, à frente de Jesus. Todo ministério de missões que exalta até mesmo o Espírito Santo acima do Senhor Jesus Cristo está destinado aos agitos do erro e do fanatismo."
"Parece que há o grande perigo de se perder de vista o fato de Jesus ser ‘tudo em todos’. A obra do Calvário, a obra da expiação, devem constituir o foco da nossa consideração. O Espírito Santo jamais irá desviar a nossa atenção de Cristo para Si próprio - mas em vez disso irá revelar Cristo de uma maneira mais ampla. Corremos o perigo de fazer pouco caso de Jesus - deixando que Ele ‘se perca no templo’, devido à exaltação ao Espírito Santo e aos dons do Espírito. Jesus precisa ser o centro de tudo."
Não considero que a advertência de irmão Bartleman seja algo inconseqüente. O risco de um Pentecostes sem Cristo é muito real hoje em dia. Digo-lhes que é possível reunir pessoas cheias do Espírito em um lugar, em louvor e com as mãos levantadas - e mesmo assim Cristo caminhar entre elas como um estranho!
É verdade que Ele disse: "...onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mat. 18:20). Mas Ele pode estar em nosso meio como estranho! Ignorado, não reconhecido - exatamente por aqueles que se reúnem em Seu nome! Os judeus se reuniam todo sábado na sinagoga para falar do Seu nome, e para profetizar a Sua vinda. Louvavam o nome do Pai que prometera enviá-lO. Pronunciavam o nome do Messias com temor religioso e reverência. E então, quando veio e andou no meio deles - Ele não foi reconhecido! Ele era um estranho para eles!
Cristo, um estranho no meio de uma congregação cheia do Espírito? Um estranho no meio daqueles que proferem o Seu nome - que adoram o Pai que O enviou? Um estranho para aqueles que cantam as Suas hosanas, que chamam-nO de "Senhor, Senhor"?
Sim! Com certeza que sim! Não só é possível - isso está acontecendo entre o escolhido povo de Deus hoje!
Vou lhe mostrar três maneiras pelas quais fazemos de Cristo um estranho em nosso meio! Que o Espírito Santo possa remover a nossa cegueira espiritual de modo que possamos outra vez enxergá-lO do modo que Ele realmente é - o Senhor de tudo!
I. Fazemos De Cristo Um Eestranho - Ao Conceder Ao Espírito Santo Proeminência Sobre Ele !

Cristo, e somente Cristo, deve ser
o centro da vida e da adoração!

"Ele é a cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as cousas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude" (Col. 1:18-19).
"Para em todas as cousas ter a primazia..." Ou seja, distinto e proclamado acima de todos os outros. Tendo o primeiro lugar em todas as coisas. Nem mesmo o Espírito Santo deve ser exaltado acima desse nome! O cenáculo não pode jamais fazer sombra à Cruz! Não ousamos achar que Cristo é simplesmente Aquele que enviou o Espírito Santo. Em outras palavras: "Obrigado, Jesus, por enviar alguém melhor." Cristo enviou o Espírito Santo para revelar a Sua própria plenitude em nosso interior!
Quando o Espírito Santo Se torna o centro da nossa atenção, a igreja sai do foco! O Espírito Santo desceu sobre Cristo quando Este saiu das águas batismais, e o Pai a respeito dEle declarou: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo..." O Espírito desceu corporalmente na forma de uma pomba, mas quem estava em evidência era o Cordeiro de Deus - que tira os pecados do mundo. Não foi a pomba, mas o Cordeiro!
Cristo falou aos Seus discípulos a respeito do Pentecostes que viria, quando o Espírito seria derramado com um único propósito: era um poder a ser dado para elevar o nome de Cristo! "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...até aos confins da terra." (Atos 1:8).
Jesus deixou claro que quando o Espírito Santo vier, Ele não irá chamar atenção para Si próprio, mas que irá Se concentrar na palavras de Cristo. Ele irá exaltar Cristo.
"Quando vier, porém, o Espírito da verdade...não falará por si mesmo...Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vô-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vô-lo há de anunciar" (Jo. 16:13-15).
Jesus dizia: "Ele lhes mostrará a minha glória, meu poder, o meu reino. Ele lhes lembrará todas as minhas palavras". A primeira tarefa do Espírito Santo não é a comunhão, apesar de que Ele faz os crentes serem um em Cristo. Não se trata de um êxtase. Não se trata simplesmente de nos ensinar uma língua que não aprendemos. O Espírito veio para exaltar a Cristo! Para guiar toda a humanidade à verdade de que Cristo é Senhor! Não é suficiente dizer que o Espírito nos aproximou uns dos outros - Ele necessita nos colocar mais perto de Cristo!
A plenitude do Espírito é a plenitude de Cristo. Se você não possui por Cristo um amor que o consome, você não possui um batismo do Espírito Santo! Cristo, o batizador, enviou o Espírito Santo para colocar as nossas almas em chamas pela humanidade perdida, para que saiamos pelas estradas, pelos montes e vales para alcançarmos os não salvos. Para mudar drasticamente o nosso ocioso ritmo de vida e levar-nos a fazer a Sua obra. O bendito Espírito Santo será entristecido, e finalmente Se afastará, no momento que os homens tentarem exaltá-lO acima do Filho de Deus! Ele não permitirá que o Seu poder seja insultado por aqueles que desejam apenas o dom e não Cristo, o Doador!
O que é uma genuína reunião do Espírito Santo? Será que é aonde todos falam em línguas? Ou onde as pessoas são curadas? Aonde os santos saltam de alegria? Aonde os santos estão profetizando? Mais - muito mais do que isso! É onde Cristo está sendo exaltado, onde a Sua santidade penetra a alma, onde homens e mulheres caem diante de Seu santo trono, quebrantados, humildemente proclamando: "Santo, Santo". O movimento do Espírito Santo é um movimento para ficarmos mais perto de Cristo, mais aprofundados em Cristo, com uma submissão maior ao Seu senhorio!
II. Fazemos De Cristo Um Estranho Quando Lhe Trazemos Louvor Mas Não Lhe Trazemos Oração !
Louvamos um Cristo a quem não oramos! Transformamo-nos em um povo de louvor, mas não em um povo de oração. Para muitos do povo de Deus, o quarto de oração é uma relíquia do passado. "Por que pedir a Deus aquilo que Ele já prometeu? Apenas aproprie-se das promessas e simplesmente ordene as bênçãos!" Deixamos de querer a Cristo mais do que desejamos aquilo que Ele pode fazer por nós. Queremos uma fuga da dor e do sofrimento. Queremos que os nossos problemas desapareçam. E encontramo-nos tão presos em nossa fuga da dor, que perdemos o verdadeiro sentido da Cruz. Recusamos cruzes e perdas - não aceitamos um Getsêmane para nós! Não aceitamos noites de agonia! Nem mesmo conhecemos esse Cristo sofredor, sangrante, ressurrecto!
Queremos o Seu poder que cura. Queremos as Suas promessas de prosperidade. Queremos a Sua proteção. Queremos mais dos bens desta terra. Queremos a Sua felicidade. Mas na realidade, não O queremos, só!

A Igreja antes confessava os seus pecados -
agora ela confessa os seus direitos.

Quantos de nós iríamos servi-lO se Ele não oferecesse nada, a não ser Ele próprio? Sem curas. Sem sucesso. Sem prosperidade. Sem bênçãos do mundo. Sem milagres, sinais ou maravilhas. O que seria se outra vez, tivéssemos de aceitar alegremente o despojo de nossos bens? O que seria se, em vez de um navegar sereno e de uma vida sem problemas, enfrentássemos o naufrágio, os temores por dentro e as lutas por fora? O que seria se, em vez de um viver sem dores, sofrêssemos zombaria cruel, apedrejamento, derramamento de sangue, se fôssemos serrados ao meio? O que seria se, em vez de nossas belas casas e carros, tivéssemos de vagar pelos desertos vestindo pele de ovelhas, escondendo-nos em covas e em cavernas? O que seria se, em lugar de prosperidade, sofrêssemos destituição , aflição e tormento? E o melhor que nos poderia ser dado era Cristo?
Muito poucos no povo de Deus ainda oram! Estão muito ocupados em atividades para Jesus para falar com Ele! Os ministros em particular, tornaram-se tão ocupados realizando a obra do reino, que têm pouco ou nenhum tempo para orar. Têm tempo para visitar, para construir, para viajar, tempo para férias, para assistir a reuniões, tempo para recreação, para a leitura, aconselhamento, mas não têm tempo para orar!
Os pregadores que não oram se tornam promotores de eventos. Tornam-se empreiteiros de obras frustrados. Ao perder o contato com Deus, perdem o contato com o seu povo e com as suas necessidades. Os pastores que não oram possuem egos que se movimentam fora do controle. Fazem as coisas do jeito que querem. Colocam o suor no lugar da unção.
Os evangelistas que não oram se tornam "stars", contadores de histórias. Falta-lhes humildade, por isso manipulam as multidões através de seus truques emocionais. O clamor de muitos pastores é: "Oh Deus, onde vou achar um evangelista que não se interesse por dinheiro ou que não esteja fazendo algum tipo de promoção? Alguém que possa trazer o céu até nós e tornar Cristo real? Oh, Deus conceda-me um homem de oração que coloque minha congregação de joelhos!" A vergonha desta geração é que possuímos muitos homens de Deus talentosos, e apenas poucos que tocaram Deus em oração.
Há ainda menos oração entre os membros da igreja! Sou 100% a favor de que se volte a ter oração em nossas escolas públicas! Mas o problema real de Deus não é este! O problema dEle é que se volte a ter oração em nossos lares! O problema dEle é fazer com que o Seu próprio povo escolhido volte a orar! E você é um falso, caso lute a favor da oração escolar e negligencie a sua própria oração em secreto!
Nós oramos? Oh, sim! Quando precisamos de algo. Temos a fórmula já engatilhada: "em nome de Jesus". Só precisamos dEle para contra-assinar os cheque com os nossos pedidos diante do Pai. Já estou esgotado de tanto ouvir as pessoas dizendo: "Estamos em uma época de muitas atividades - não tenho tempo para orar. Eu gostaria, mas não tenho tempo". Não! Não é falta de tempo; é falta de vontade. Nós produzimos tempo para aquilo que realmente queremos fazer. Olhem os nossos jovens cristãos! Desperdiçando tempo jogando Pac-man, Galaxy War, de maneira simplória, entediados, inquietos, em busca de atividades! Porém sem tempo para orar! Sem tempo para Jesus! Oh, Deus! É preciso haver uma maneira! Um jeito! Coloque esta geração de joelhos. Não apenas o Pai Nosso, mas uma comunhão diária com Cristo.
O nosso Salvador, que cuida e se interessa por múltiplos universos, tem tempo para orar particularmente por você! Ele usa o tempo para interceder por você diante do trono de Deus (Heb. 7:25), e você diz que não tem tempo para orar a Ele!
Trabalhamos ativamente para um Cristo que ignoramos. Vamos a qualquer lugar, fazemos tudo em Seu nome. Porém não oramos. Cantamos no coro. Visitamos os doentes e os presos. Porém não oramos. Aconselhamos os ofendidos e os necessitados; passamos a noite em claro para confortar um amigo, porém não oramos. Combatemos a corrupção! Entramos em uma cruzada a favor da moralidade! Levantamo-nos contra as armas nucleares! Porém não oramos!
Mais importante, não oramos porque em verdade não acreditamos que ela funcione. A oração é uma tremenda batalha! É aonde acontecem as vitórias! É onde se morre para o ego! O local onde um Deus santo expõe pecado secreto! Não é de admirar que Satanás tente impedir a oração! Um homem de oração estremece o inferno. Este homem ou mulher são marcados pois Satanás sabe que a prece é o poder que esmaga o seu reino. Satanás não teme os santos famintos por poder, porém treme ao ouvir um santo em oração!
III. Fazemos De Cristo Um Estranho Em Nosso Meio Quando Desejamos O Seu Poder Mais Do Que A Sua Pureza !
Reader Harris, um inglês diretor da Liga Pentecostal de Oração, uma vez desafiou uma congregação quanto a esse assunto de poder e autoridade. Ele disse: "Aqueles que anseiam por poder, façam uma fila à minha direita. Aqueles que anseiam por pureza, façam uma fila à esquerda". O grupo fez uma fila de 10 a 1 - a favor do PODER!
No livro de Atos, o Pentecostes era mais um sinônimo de pureza do que de poder. Pedro relatou ao concílio em Jerusalém o que Deus fez na casa de Cornélio, "Deus... concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós o concedera...purificando-lhes pela fé o coração" (Atos 15:8-9).
Qual é o homem ou a mulher de Deus com poder? Será o que cura os enfermos e levanta os mortos? Será o que melhor fala em línguas e profetisa? Será o que atrai mais gente e constrói a maior igreja? Não! Quem tem poder é aquele que tem pureza! "...o justo é intrépido como o leão" (Prov. 28:1).
O profeta Malaquias profetiza a respeito da purificação sobrenatural a vir sobre a casa de Deus.
"...virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque Ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros. Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao Senhor justas ofertas" (Malaquias 3:1-3).
Esta é uma dupla profecia. Ele fala da primeira vinda de Cristo e também da segunda! Ele voltará subitamente, como o ladrão na noite. Mas antes, vai purificar a Sua Igreja.
Não estamos preparados para a vinda de Cristo! Será esta a igreja triunfante? Cheia de cobiça, divórcio, deprimida, mundana, ansiosa pelo materialismo e pelo sucesso, competitiva, morna, adúltera, rica e cheia de bens, ignorante quanto á sua cegueira e à sua pobreza espiritual, amante dos prazeres, preocupada com recreação, consumida pelos esportes, pela política e pelo poder - será esta a Igreja para a qual Jesus voltará? Com soluções simplórias, cheia de medo e ansiedade, satisfazendo-se em apenas apresentar saúde e felicidade?
A minha Bíblia diz que Ele vai voltar para uma Igreja vencedora! Uma Igreja sem mácula ou ruga! Um povo cujas afeições situam-se nas coisas lá do alto! Um povo de mãos limpas e corações puros. Um povo que aguarda a Sua vinda! Um povo com uma mentalidade de "nova Jerusalém".
A pergunta deixou de ser: "O que será que a minha fé pode fazer por mim? Qual o milagre que Ele vai fazer para mim?" A pergunta passa a ser: "O que farei diante dEle? O que será de mim no Julgamento?" "...quem poderá subsistir quando ele aparecer?" (Malaquias 3:2).
A pergunta deixou de ser: "Está tudo bem comigo? Como ter a felicidade? Como realizar os desejos do meu coração?" A pergunta passa a ser: "Como vou agüentar o momento em que estiver diante do Trono do Julgamento de Cristo? Como irei agüentar tendo vivido tão sem cuidados, de um jeito tão egoísta, negligenciando a Sua grande salvação?" O que conta agora não tem nada a ver com este mundo, em absoluto. O que conta é: "Será que tenho negligenciado a Cristo nesta hora da meia-noite?"
A purificação vai começar no púlpito! "...purificará os filhos de Levi..." (Malaq. 3:3). Deus fará isso como "...derretedor e purificador..." Deus tornará as coisas tão quentes, tão abrasivas, tão intensas, que os homens de Deus serão levadas a se ajoelharem! Este é o fogo do Espírito Santo! É o fogo da perseguição. É o fogo da tribulação. O fogo das dificuldades, dos ridículos, dos mexericos e dos problemas financeiros inacreditáveis. Ele irá abalar tudo que possa ser abalado! Ele irá abalar, escarificar, incinerar, purgar - e purificar!
Nenhum homem ou mulher escapará da purificação! Deus está determinado a remover toda a nossa escória e a nossa imundície. A purificação irá alcançar os bancos da igreja a partir do púlpito! Preparem-se, santos! Deus está se preparando para revelar todo pecado, todo adultério, toda estupidez! O Santo Espírito irá reprovar-nos pelo pecado. Como vamos ficar brincando de jogos quando Deus nos coloca no Seu cadinho de provação e acende o fogo? O seu batismo pelo Espírito Santo vai agora colocar fogo nele!
Malaquias disse: "...vem o dia e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como o restolho; o dia que vem os abrasará..." (Mal.4:1).
Deus também promete arrasar as fortalezas do inimigo! Ele vai fazer com que de uma vez por todas, o diabo e o mundo saibam Quem detém o poder!
Se Deus está prestes a realizar tudo que os profetas previram que faria - como é glorioso o futuro que está bem à nossa frente!
  • Um ministério purificado, refinado!
  • Uma Igreja que Deus chama de volta ao arrependimento e à santidade.
  • Um povo lavado, limpo - oferecendo louvores em genuína retidão.
  • Um reavivamento entre os nossos jovens! Redutos de drogas ruindo! O álcool e o divórcio deixando de prevalecer entre o povo de Deus.
  • O som da oração - intercessão!
  • Um povo de Deus que discernirá entre o santo e o profano!
  • Em toda parte, o povo de Deus voltando à Palavra.
  • Um povo provado, testado, novamente dedicado à Pessoa de Jesus Cristo!
  • A Sua Pessoa sendo elevada para atrair a todos para Si próprio!
  • Cristo deixando de ser um estranho em nosso meio, mas sendo coroado - proeminente !
  • Um Pentecostes que verdadeiramente exalta o nome e o poder de Jesus Cristo, o Senhor de tudo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Por Que Orar É Tão Difícil Para Os Cristãos?

 tempos tenho estado perplexo por um problema que persiste na igreja há anos - e que me interessa profundamente. Eis o problema: por que orar é tão difícil para os cristãos?
As Escrituras deixam claro que a resposta para tudo em nossa vida é a oração mesclada com a fé. O apóstolo Paulo registra: “Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filip. 4:6). Paulo está nos dizendo: “Busquem o Senhor em todas as áreas da sua vida. E agradeçam-nO antecipadamente por lhes ouvir!”
A ênfase de Paulo é clara: ore sempre em primeiro lugar! Não é para orarmos só em última instância: primeiro ir atrás dos amigos, depois do pastor ou de um conselheiro, para acabar finalmente de joelhos. Não - Jesus nos diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Devemos primeiramente ir até o Senhor - antes de a qualquer outro!
É de partir o coração ler as cartas enviadas para o nosso ministério de multidões de cristãos arrasados. Famílias estão se esfacelando, casais se divorciando, pessoas que por anos andaram em fidelidade a Cristo estão vivendo em temor e em derrota. Cada uma dessas pessoas tem sido derrotada por algo - pecado, depressão, mundanismo, cobiça. E ano após ano, parece que os seus problemas vêm piorando.
No entanto, o que mais me choca em suas cartas é que muito poucos destes cristãos chegam a mencionar a oração. Eles utilizam fitas gravadas, livros, conselheiros, programas de ajuda pelo telefone, todos os tipos de terapias - mas raramente a oração. Vivem todos os dias preocupados, amedrontados, com uma nuvem sobre suas cabeças, porque não possuem uma resposta para os problemas.
Por que é tão difícil para os cristãos, durante as crises, buscar a Deus em favor de necessidades desesperadoras? Afinal de contas, a Bíblia sustenta um longo testemunho de que Deus ouve os clamores dos seus filhos e os responde com terno amor:
  • “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (Salmo 34:15).
  • “Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações” (verso 17).
  • “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (I Jo. 5: 14-15).
  • “...Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16).
  • “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22).
  • “...a oração dos retos é o seu contentamento” (Provérbios 15:8).
  • “O Senhor...atende à oração dos justos” (verso 29).
  • “Atendeu à oração do desamparado e não lhe desdenhou as preces” (Salmo 102:17).
Ouça a grande vanglória de Davi: “No dia em que eu clamei, tu me acudiste e alentaste a força de minha alma” (Salmo 138:3). Davi dizia: “Fiz prova de Ti, Deus! Em todas as minhas lutas eu não busquei a mais ninguém. Procurei unicamente a Ti - e me ouvistes, respondestes, e destes-me força para a batalha que eu enfrentava!” “Clamaste na angústia, e te livrei...te respondi...” (Salmo 81:7).
Estas promessas e estes testemunhos constituem uma prova esmagadora do cuidado de Deus. E são tão variadas, profundas e numerosas, que não entendo como qualquer cristão poderia não alcançá-las!
Mesmo assim, quando se trata de oração, a Bíblia nos fornece mais do que promessas. Ela também nos previne quanto aos perigos de se negligenciar a oração: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?...” (Hebreus 2:3). Em grego a palavra “negligenciarmos” aqui significa “não nos interessarmos; não levarmos a sério”.
O contexto deste versículo é uma discussão das coisas relacionadas à nossa salvação - e a oração é obviamente uma delas. Deus está nos perguntando: “Como você espera escapar da ruína e da devastação nos tempos tenebrosos que se aproximam, se não aprendeu a manter a comunhão comigo em oração? Como você conhecerá e reconhecerá a minha voz naquele dia, se não aprendeu a ouvi-la em seu quarto em secreto?”
Creio que Deus está profundamente ferido pela negligência da oração por parte do seu povo em nossos dias. Jeremias escreve: “Acaso, se esquece a virgem dos seus adornos ou a noiva do seu cinto? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta” (Jeremias 2:32).
Eis a minha grande pergunta - pergunta que simplesmente não consigo entender: Como pode o próprio povo de Deus - que está sob ataque constante do inferno, enfrentando problemas e tentações de todos os lados - passar semanas e semanas sem jamais buscá-lo? E como podem professar que o amam e crêem em suas promessas, e contudo jamais se achegar ao seu coração?

O Escritor de Hebreus Conclama
a “Aproximarmo-nos de Deus”!

Hebreus 10 contem uma promessa incrível. Diz que a porta de Deus está sempre aberta para nós, concedendo-nos acesso total ao Pai:
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10: 19-22).
Alguns versículos adiante, somos avisados de que o dia do Senhor se aproxima rapidamente: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (verso 25). Deus está dizendo: “Agora mesmo, ao se aproximar o tempo da volta de Cristo, você necessita buscar a minha face. Chegou a hora de você se dirigir ao seu quarto em secreto e me conhecer!”
Creio que já estamos vendo os sinais que provam que estamos próximos à uma fusão do sistema financeiro: a violência e a imoralidade crescem. A nossa sociedade está presa ao prazer. Falsos profetas - “anjos de luz” - já enganaram a muitos com suas doutrinas dos demônios. E, a qualquer hora, poderemos ver a hora da tribulação, que levará o coração dos homens a fraquejar devido ao medo. No entanto, antes de tudo isto acontecer, o escritor aos Hebreus diz:
“Não permitam que a verdade venha a escapulir de vocês! Mantenham-se acordados e alertas. Vocês possuem uma porta aberta para a presença santa de Deus - então, dirijam-se a ele com plena certeza de fé, tornando conhecidas as suas petições. O sangue de Cristo já lhes abriu o caminho - e nada se coloca entre vocês e o Pai. Vocês têm todo o direito de entrar no santo dos santos, para receber todo o socorro de que necessitam!”
Quando não valorizamos o sacrifício de Jesus - que ele aceitou para que tivéssemos acesso ao Pai para todas as nossas necessidades - nós “desprezamos” a graça de Deus, provocando a sua ira!
Mesmo assim, com todas estas advertências poderosas quanto aos riscos de se negligenciar a oração, os cristãos ainda acham difícil orar. Por que? Creio que há quatro razões para isto?

1. Alguns Cristãos Não Oram
Porque Têm um Amor Morno pelo Senhor

Ao usar a palavra “morno” para descrever o amor de alguém por Jesus, não quero dizer que ele seja frio em relação ao Senhor. Em vez disto, quero significar que o seu amor é “barato” - não caro. Dou-lhe um exemplo:
Ao se dirigir à igreja de Éfeso em Apocalipse 2, ele primeiro os elogia por tudo que fizeram. Ele reconhece que trabalharam arduamente na fé - que detestam o pecado e as concessões, recusando-se a aceitar falsas doutrinas, jamais esmorecendo ou desistindo quando perseguidos, sempre defendendo o evangelho.
Mas, Cristo diz ter algo contra eles: abandonaram o seu fervente e caro amor por ele! “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Apocal. 2:4).
De alguma maneira, no meio de todas suas obras, eles deixaram o seu caminhar amoroso, disciplinado, com o Senhor. E agora ele lhes diz: “Vocês deixaram o seu primeiro amor. Abandonaram a cara disciplina de vir à minha presença, de manter comunhão comigo!”
Note por favor: Jesus está falando aqui de crentes que começaram com um amor fulgurante por ele. Ele não está se dirigindo a cristãos mortos, frios, formais, que nunca o amaram acima de tudo. Pelo contrário, está dizendo: “É possível que uma pessoa que já teve um coração amoroso por Mim permita que o seu zelo se torne morno. O servo devotado que anteriormente corria todos os dias em busca de Mim em seu quarto em secreto, agora raramente chega a orar!”
Pense o quanto isto deve insultar a Cristo, que é o nosso noivo. Que tipo de casamento pode existir quando marido e mulher não possuem um período privativo de intimidade? E é bem a respeito disto que Jesus está falando aqui. Ele deseja momentos com você só para Ele, para desfrutar de intimidade!
Você pode dizer que O ama - mas se jamais aparece para estar com Ele, prova que não O ama em absoluto. Este tipo de comportamento jamais daria certo com um outro noivo. Se você dissesse à sua namorada que a amava, mas a visse só uma vez por semana - só o suficiente para dizer: “Olá, meu bem, eu te amo, agora tchau!” - ela não iria tolerar. Por que deveria Jesus - que se deu inteiro, deu a própria vida para você - tolerar?
Não importa a altura com que você louva o Senhor na igreja, o quanto diz que O ama, o quanto de lágrimas você derrama. Você pode contribuir com generosidade, amar os outros, detestar o pecado, repreender os culpados - mas se o seu coração não está sendo permanentemente atraído para a presença de Cristo, você simplesmente não O ama. Você está orando por orar, negligenciando a oração - e de acordo com as próprias palavras de Jesus, isto é uma prova de que perdeu o seu amor por Ele.
Todas as nossas obras são em vão, a menos que voltemos ao nosso amor flamejante por Jesus. Temos de nos conscientizar: “Amar a Jesus não se trata de realizar coisas; envolve a disciplina diária de se manter um relacionamento. E isto vai custar algo de mim!”

2. Alguns Cristãos não Oram
Porque Perverteram as Suas Prioridades!

Prioridade é a importância que se deposita em algo. E os cristãos que negligenciam a oração perverteram as suas prioridades!
Muitos cristãos garantem que oram se e quando têm tempo. Porém à cada semana, buscar a Cristo se torna menos importante para eles do que lavar o carro, limpar a casa, visitar os amigos, comer fora, fazer compras, assistir aos esportes. Simplesmente não criam tempo para orar.
Contudo, as pessoas não eram diferentes nos tempos de Noé e de Ló. Suas grandes prioridades eram comer e beber, comprar e vender, casar e cuidar da família. Não tinham tempo para ouvir mensagens da condenação de Deus que chegava. E assim, ninguém estava preparado quando o julgamento caiu sobre eles!
Evidentemente, nada mudou com os séculos. Para a maioria dos americanos, Deus permanece no fundo da lista de prioridades. E no alto estão a sua renda, segurança, o prazer, a família. É claro, para muitos americanos Deus nem participa da lista. Mas isso não magoa Deus tanto, quanto a valorização que ele recebe de Seus próprios filhos!
Hoje, milhares de cristãos atravessam o país para receber oração de algum ministro, profeta ou evangelista. Estes crentes desejam sentir o toque de Deus e uma experiência extática de Sua presença. Mas mesmo que consigam o que buscam, a experiência só dura um tempo curto. E, ironicamente, todo o tempo em que estão viajando e buscando o toque de Deus, eles não gastam cinco minutos em oração!
Amado, o Senhor não deseja as suas sobras - aqueles insignificantes pedacinhos de tempo quando você só tem um instante para mandar ao céu um breve pedido de oração. Isto não é um sacrifício de oração. É uma oferenda capenga - e ela polui o altar dEle!
O profeta Malaquias escreve: “Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? - diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 1:8).
Malaquias está dizendo: “Vocês estão trazendo qualquer animal velho da criação para sacrificar na presença de Deus. Porém estas oferendas são desleixadas, descorteses, de segunda mão. Experimentem dar este tipo de oferta para o seu governador. Ele os lançará fora de sua presença!”
Deus esperava que o seu povo percorresse o seu rebanho cuidadosamente, examinando um por um dos animais, para escolher o mais perfeito dentre eles para Lhe sacrificar. E hoje igualmente, Deus espera o mesmo de nós. Ele deseja o nosso tempo de qualidade - o tempo sem pressa ou correria. E devemos fazer deste tempo uma prioridade!
Uma vez encontrei-me com o pastor de uma das maiores igreja dos Estados Unidos. Este homem era um dos ministros mais ocupados que eu já vi. Ele me disse sem se desculpar: “Não tenho tempo para orar”. Porém, o que ele realmente queria dizer era: “Não dou nenhuma prioridade para a oração.”
Ao visitar a sua igreja, não discerni nenhum movimento do Espírito de Deus na congregação. Em verdade, era uma das igrejas mais mortas em que já preguei. Mais ainda, como poderia haver alguma vida, se os pastores não oravam?
O fato é o seguinte: nenhum cristão vai separar tempo para a oração a menos que ela se torne a sua primeira prioridade na vida, acima de tudo mais - acima da família, da carreira, do lazer, de tudo. De outro modo, o seu sacrifício estará pervertido!

3. Alguns Cristãos não Oram
Porque Aprenderam a Viver sem Oração !

Muitos cristãos acham que a única coisa que se requer deles é que vão à igreja, adorem, ouçam à pregação, resistam ao pecado, façam o melhor possível, e tudo estará bem com eles. Este é o sacrifício que trazem para Deus - e acham que Ele se agrada disto!
Tenho gasto tempo junto ao leito de cristãos moribundos que eram fiéis freqüentadores da igreja por mais de cinqüenta anos. Eram pessoas que nunca faltaram á uma reunião. Eram pessoas boas, de família, e podiam discorrer a respeito de qualquer assunto espiritual. Mas não tinham nenhum tipo de vida de oração. Gastavam horas com suas famílias, ou sentados em frente à TV, ou trabalhando em seus hobbies - mas não dispunham de tempo para estar a sós com Cristo.
Isto pode lhe soar áspero, mas creio que estas pessoas foram para a eternidade sem conhecer o seu Senhor. Deus nunca se aproximou deles - porque eles nunca chegaram perto dEle!
Temo por todo cristão que aprendeu a viver confortavelmente sem vida diária de oração - que nunca teve uma comunhão crescente com o Senhor. Estes tipos de pessoas acabam estranhas para Ele. E estarão entre aqueles que Cristo repreende no dia do juízo: “Sim, você realizou muitas obras - curou pessoas, realizou milagres, trouxe muitos para o meu reino. Mas nunca lhe conheci. Afaste-se de mim, estranho!”
Como escaparemos da ira e do desprazer de Deus, se negligenciarmos o Seu grande dom da salvação? Como enfrentá-lO no dia do julgamento, quando os livros serão abertos para revelar que não gastamos nenhum tempo com Ele? Podemos responder: “Senhor, compreendo que arranjei muito pouco tempo para Ti. Gastei-o todo para mim mesmo, para minha família, minha carreira. Mas agora estou disposto a gastar a eternidade para Te conhecer”. Você acha que Ele aceitará isto? Não - nunca!
O fato, é que se pode passar uma vida toda sem oração. Em verdade, sei de alguns pastores e evangelistas “de sucesso” que aprenderam a ministrar totalmente sem oração. Podem trazer entretenimento, contar grandes histórias e fazer rir. Mas não conseguem trazer convicção a alguém, ou transformação, ou levá-lo a buscar a face de Deus!
Depois de um certo tempo, estes homens chegam a um profundo desespero. Por que? Eles tornam-se mais e mais dependentes do braço da carne, em vez do Senhor. E as suas vidas se tornam cheias de confusão de todos os lados. Pregadores sem oração constituem pregadores sem poder!
Igualmente, cristãos sem oração são ocos na fé, alvos fáceis para os falsos mestres, rapidamente desviáveis do evangelho verdadeiro. Tais cristãos estão sempre “aprendendo” - mas nunca alcançando a maturidade!

4. Alguns Cristãos não Oram
Porque não Crêem que Deus
Ouça as Suas Preces !

Com o tempo, muitos crentes se tornam desencorajados devido à preces não respondidas - e, finalmente, simplesmente desistem. Pensam: “Talvez eu tenha falta de fé. O que eu sei, é que para mim a oração não funciona. E por que eu haveria de orar se não funciona?”
Os israelitas no tempo de Isaías tinham a mesma atitude. Isaías escreveu: “...me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça... perguntam-me...têm prazer em se achegar a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?...” (Isaías 58:2-3).
Estas pessoas estavam acusando Deus de abandono dos filhos! Estavam dizendo: “Amo a Deus - pratico o que é reto e evito o pecado. E até há pouco tempo, era fiel em buscá-lO em oração. Mas, sabe o que aconteceu? Ele nunca me respondeu! Então, por que eu deveria continuar a afligir minha alma diante dele? Ele nunca tomou conhecimento dos meus pedidos!”
Muitas cristãs solteiras tendem a pensar assim. Elas dizem: “Durante anos busquei o Senhor em sinceridade, pedindo-Lhe que trouxesse para a minha vida um homem de Deus. Já orei por mais de uma década. Mas não aconteceu nada!” Então elas próprias tentam fazer com que um casamento aconteça - e o desastre segue-se.
Recentemente, um pastor me escreveu uma carta alarmante: “Irmão Wilkerson, a semana passada fechei as portas da igreja que pastoreei por vários anos. Simplesmente debandei a congregação e abandonei o púlpito. Durante anos oramos por um reavivamento - mas isto nunca aconteceu. Oramos por um edifício - mas isto nunca se concretizou. Com os anos fomos diminuindo para trinta pessoas. Simplesmente não estava adiantando. E agora estou saindo em busca de outro emprego.”
Apiedo-me por este homem abatido. Contudo, eu concordo - ele precisa de um outro emprego, porque para começo de conversa, ele provavelmente não foi chamado para ministrar. Entenda, o nosso chamado não é para ver acontecer um reavivamento, ou para construir um prédio para a igreja, ou para ter números respeitáveis na congregação. Não - o nosso chamado é para ministrar fielmente em favor do Senhor - e isto inclui a nossa vida de oração!
Tiago escreve que Deus não responde as orações daqueles que pedem coisas para simplesmente satisfazerem a si próprios: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4:3). Em outras palavras: “Você não está pedindo a vontade de Deus. Você não está pronto para submeter-se a tudo que Ele desejar. Em vez disto, você está tentando ditar-Lhe as coisas que satisfarão o seu próprio coração!”
Não se engane - o nosso Deus é totalmente fiel. Paulo escreve: “...Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem...” (Rom. 3:4). Ele está dizendo em essência: “Não importa se você escuta um milhão de vozes clamando: ‘A oração não adianta. Deus não me ouve!’ Que todo homem seja chamado de mentiroso. A palavra de Deus se mantém - e Ele é fiel em nos ouvir!”
Jesus disse, “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22). Em poucas palavras Cristo está dizendo: “Se você crer verdadeiramente, estará desejoso de esperar e aguardar uma resposta do seu Pai celestial. E não vai lhe importar quanto tempo vai levar. Você se agarrará à fé, crendo que Ele responderá!”
Se Deus está atrasando uma oração sua em particular, pode ter certeza de que Ele está testando a sua fé. Ele deseja que você creia nEle quando Ele aparenta estar em silêncio. E lhe testa, para ver ser você diz: “Eu desisto. Ele não responde!” No final das contas, Ele deseja que a sua fé se desenvolva tão pura como o ouro - de maneira que você estará equipado para receber muitas respostas, suas e para os outros!
Uma vez li a história de uma santa de Deus - uma irmã idosa, muito querida, que havia andado próxima a Jesus por muitos anos. A sua vida de oração era tão intensa, que as pessoas de todos os lugares pediam que ela orasse por elas. Um dia uma amiga lhe escreveu solicitando uma oração, e a mulher concordou.
Algumas semanas mais tarde, esta mulher piedosa recebeu outra carta desta mesma amiga, dizendo: “Obrigada por ter orado - eu fui curada!” Mas a senhora piedosa se convenceu de que havia esquecido de orar! Ela se alegrou de que a sua amiga havia sido curada - mas mesmo assim ficou pensando: “Senhor, ela disse que a sua fé era débil. Por que o Senhor a curou, se eu me esqueci de orar?”
Deus lhe respondeu: “Eu a curei porque você Me conhece! Você se aproximou tanto de Mim, que cumpri o desejo específico que você tinha pela sua amiga - mesmo sem a sua oração.”
“Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se refugiam!” (Salmo 31:19). “...porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará” (Salmo 34:10).
Vá ao seu lugar secreto com regularidade, e busque-O de todo o seu coração. Eis a resposta que você deve dar para restaurar um casamento, a favor de membros da família não salvos, para toda necessidade de sua vida. As respostas dEle podem não vir da noite para o dia. Contudo, Deus fará a obra no tempo dEle e da maneira dEle. A parte que cabe a você é confiar que Ele é fiel em responder - porque você é Seu filho amado!